Após R$ 3 bilhões de lucro operacional, banco retoma foco em público com renda até R$ 4 mil/mês. Passado aprendido, agora Ibovespa líder reduz provisionas para perdas, avança 37,1%, portfólio mais equilibrado, linha gratuita para monoprodutistas. Análises investidores surtam efeito.
Depois de vários trimestres com números aquém do esperado, o Santander Brasil teve uma retomada impressionante nos primeiros três meses deste ano, surpreendendo analistas e investidores. No dia 30 de abril, as units do banco registraram uma das maiores altas do Ibovespa, com uma valorização de 2,6% às 14h30, enquanto o índice principal da bolsa apresentava uma queda de 1%.
Essa reviravolta positiva no desempenho do Santander Brasil representa não apenas uma retomada significativa, mas também sinaliza um possível caminho de recuperação duradoura para a instituição financeira. Os investidores agora estão atentos para saber se essa tendência de retorno continuará nas próximas divulgações de resultados financeiros.
Retomada sustentável impulsiona lucro do Santander
O Santander, uma das maiores instituições financeiras do país em total de ativos, demonstrou uma sólida retomada em seu desempenho operacional no primeiro trimestre. O banco registrou um lucro líquido gerencial de R$ 3 bilhões, representando um aumento significativo de 41,2% em relação ao mesmo período de 2023. Esta retomada expressiva reflete um avanço de 37,1% comparado ao último trimestre.
Mario Leão, CEO do Santander, expressou a mudança paradigmática que essa retomada representa para a instituição. Enquanto os resultados passados refletiam a necessidade de reestruturação e contenção de danos, os atuais indicam a retomada das operações e uma nova fase de crescimento.
Durante o terceiro trimestre de 2022, o banco enfrentava desafios decorrentes do aumento da inadimplência, causada pelo crédito excessivo concedido entre 2021 e 2022, em um cenário de históricas baixas taxas de juros. Para contornar essa situação, o Santander adotou medidas como a restrição de crédito para faixas de renda mais baixas, antes consideradas estratégicas para o crescimento da instituição.
A diversificação do portfólio de negócios e a atração de clientes de alta renda foram estratégias chaves adotadas para estabilizar a situação. Segundo Leão, essas medidas têm surtido efeito, resultando em um portfólio mais equilibrado e saudável, capaz de enfrentar os desafios macroeconômicos com mais resiliência.
Agora, com a empresa em uma posição mais favorável, o Santander volta seu foco para o segmento de renda menor, buscando reconquistar o público perdido para concorrentes digitais nos últimos anos. O banco lança o ‘free’, uma linha de produtos que inclui conta e cartão de crédito gratuitos, direcionada especialmente para indivíduos com renda de até R$ 4.000 por mês.
Além disso, a instituição está concentrando esforços em conquistar clientes ‘dormentes’ e os chamados ‘monoprodutistas’, que possuem apenas um produto do banco. Com quase 66 milhões de clientes, sendo 31,1 milhões ativos, o Santander tem uma base sólida para expandir seu alcance e oferecer serviços mais personalizados.
Essa estratégia de retomada foca em uma abordagem mais criteriosa na concessão de crédito, baseada em aprendizados do passado. O objetivo é evitar erros anteriores de avaliação da capacidade de endividamento do público-alvo, garantindo uma relação mais sólida e duradoura com os clientes. O Santander segue comprometido em oferecer soluções financeiras mais acessíveis e alinhadas com as necessidades de um mercado em constante evolução.
Fonte: @ NEO FEED
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