EUA propõem cessar-fogo na Faixa de Gaza após mudança de orientação em conflito com o Hamas. Resolução apresentada no E-10 busca paz durante período sagrado para os muçulmanos.
O Conselho de Segurança da ONU tem uma importante votação marcada para esta semana. Dessa vez, o tema será uma resolução referente à situação na Síria, em meio aos conflitos na região. A expectativa é que os países membros cheguem a um consenso sobre o assunto para buscar uma solução pacífica.
Com a possibilidade de um impasse, as discussões no Conselho de Segurança das Nações Unidas prometem ser acaloradas. É fundamental que os representantes encontrem um ponto de equilíbrio para garantir a segurança e o bem-estar da população local, evitando um agravamento da crise já existente.
Proposta de cessar-fogo no Conselho de Segurança da ONU
A proposta de cessar-fogo imediato na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas foi apresentada pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU. A sugestão também inclui a libertação de reféns, sendo discutida em uma reunião a portas fechadas marcada para a sexta-feira.
A mudança de orientação de Washington na guerra entre Israel e o Hamas é evidente na resolução proposta. Os EUA, como um dos cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, vinham bloqueando iniciativas de cessar-fogo.
Neste contexto, a oportunidade também foi aproveitada para votar uma resolução elaborada pelo E-10, um grupo de 10 países rotativos no conselho. Liderada por Moçambique, a proposta pede pelo cessar-fogo durante o Ramadã, um período sagrado para os muçulmanos que teve início no dia 10.
Posicionamento dos EUA
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, foi o primeiro a manifestar o apoio à resolução americana. Durante uma entrevista na Arábia Saudita, ele expressou a importância de garantir um cessar-fogo imediato e a libertação dos reféns. Blinken destacou o direito de Israel se defender, mas ressaltou a necessidade de proteção aos civis em perigo devido ao conflito.
O Secretário afirmou que os Estados Unidos estão colaborando com o Egito e o Catar para alcançar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, priorizando a segurança dos reféns envolvidos no conflito. Sua visita à Arábia Saudita teve como foco discutir a situação da guerra na região e possíveis soluções.
Cenário geopolítico em transformação
A fala de Blinken reflete a mudança de postura dos EUA em relação ao conflito entre Israel e o Hamas. O país, historicamente envolvido no cenário do Oriente Médio, tem agora demonstrado preocupação com o número de civis mortos na Faixa de Gaza. Em outubro, os Estados Unidos vetaram uma resolução proposta pelo Brasil, que não mencionava um cessar-fogo, alegando questões relacionadas à defesa de Israel.
Desde fevereiro, o governo norte-americano tem considerado a interrupção do conflito na Palestina como uma prioridade. As recentes discussões e iniciativas sugerem uma abordagem mais cautelosa em relação à guerra em curso. O presidente Joe Biden expressou preocupação com a vida dos civis na região e criticou a postura de Benjamin Netanyahu em relação às ações militares na Faixa de Gaza.
A rejeição de Netanyahu ao pedido de Biden para cancelar um ataque em Rafah ressalta as tensões presentes no conflito. A determinação do premiê em concluir a eliminação de batalhões do Hamas na região contrasta com os esforços internacionais em busca de um cessar-fogo que proteja a população civil. A atuação do Conselho de Segurança da ONU e das potências influentes, como os EUA, será fundamental para a resolução pacífica do conflito na região.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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