Cidade controlada por gangues armadas, haitiano Bruno Saint-Hubert, agricultores Tèt Kole Ti Peyizan Ayisyen, capital, novo Conselho Presidencial.
Em meio à onda de violência que assola Porto Príncipe, muitos estrangeiros residentes na capital do Haiti se veem em situações de extrema vulnerabilidade, como o caso do brasileiro Werner Garbens, que há 12 anos vive na cidade sitiada. A rotina dos habitantes locais tem sido fortemente impactada pela presença constante de gangues armadas, o que torna os deslocamentos e as atividades diárias extremamente desafiadores. O relato de Garbens à Agência Brasil traz à tona a dura realidade enfrentada por muitos moradores e estrangeiros que habitam Porto Príncipe.
Os desafios enfrentados pelos haitianos contam rotina de medo e insegurança em Porto Príncipe, onde a presença de gangues armadas tem levado à violência e ao caos generalizado. A capital do Haiti tornou-se um lugar onde a vida cotidiana é marcada por constantes ameaças, restringindo a liberdade de movimentação e gerando um clima de tensão permanente. A situação descrita por Werner Garbens revela a urgência de medidas eficazes para garantir a segurança e a estabilidade em Porto Príncipe e restabelecer a tranquilidade para todos os que ali residem.
Rotina conturbada em Porto Príncipe
Porto Príncipe, a capital do Haiti, tem vivido dias turbulentos com o aumento da violência provocada por grupos criminosos. Haitianos contam a rotina de medo e insegurança que se instalou na cidade já sitiada pelas gangues. Bruno Saint-Hubert, um haitiano de 37 anos, advogado e pequeno agricultor, compartilha sua vivência no centro da capital, onde enfrenta desafios diários ao lado de sua família.
Os relatos de familiares perdidos para a violência e de amigos sequestrados refletem a dura realidade que assola a população de Porto Príncipe. Bruno, integrante do movimento de pequenos agricultores haitianos Tèt Kole Ti Peyizan Ayisyen, destaca a difícil situação em que se encontra a cidade, com escolas fechadas, moradores enclausurados em casa e a liberdade de circular praticamente perdida.
Movimentações no contexto haitiano
Diante da crise que levou à renúncia do primeiro-ministro e ao fechamento do aeroporto e do porto da cidade, Porto Príncipe aguarda por mudanças. Enquanto o novo Conselho Presidencial de Transição inicia seus trabalhos para reorganizar o país e marcar eleições, a população enfrenta um cenário de incerteza e tensão.
Bruno Saint-Hubert, engajado na formação política de camponeses haitianos, destaca a importância de buscar soluções internas para os problemas do país. Mesmo diante das sugestões de imigração de muitos colegas e familiares, ele permanece firme em sua decisão de contribuir para a melhoria da situação no Haiti.
Desafios e perspectivas para o Haiti
Para Bruno, a saída para a crise no Haiti passa por um maior envolvimento da comunidade internacional, não em forma de interferência, mas sim de apoio técnico e cooperação. Ele ressalta a necessidade de conscientizar a população e fortalecer a organização dos trabalhadores locais como caminho para superar os desafios que se apresentam.
Porto Príncipe, apesar de estar mergulhada em uma crise sem precedentes, ainda guarda a esperança de dias melhores. A determinação e o comprometimento de haitianos como Bruno Saint-Hubert mostram que, mesmo diante das adversidades, há quem esteja disposto a lutar por um futuro mais justo e próspero para o país.
Fonte: @ Agencia Brasil
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