Manifestação no documento Dignitas infinita sobre questões LGBT, gestação por substituição, resistência conservadora, autodeterminação pessoal, visibilidade das características sexuais, mudanças de gênero e orientação sexual.
O Vaticano reiterou sua posição contrária a alterações de sexo, teoria de gênero e gestação por substituição, além de ser contra o aborto e a eutanásia, quatro meses após ter apoiado a bênção para casais do mesmo sexo.
A posição da Santa Sé e da Igreja Católica em relação a temas como mudança de sexo e aborto é bem conhecida, sendo parte dos ensinamentos tradicionais da instituição. A Santa Sé mantém sua postura firme diante dessas questões delicadas, reforçando constantemente seus princípios e valores inegociáveis.
O escritório doutrinário do Vaticano
(DDF) divulgou a nota Dignitas infinita (Dignidade infinita) após forte resistência conservadora, especialmente na África, contra o documento sobre questões LGBT.
Não há sugestão de que o novo texto, que descreve o que a Igreja percebe como ameaças à dignidade humana, tenha sido preparado em resposta direta às discussões sobre as bênçãos para pessoas do mesmo sexo, já que ele está sendo elaborado há cinco anos. Mas passou por revisões extensas durante esse período.
O papa Francisco o aprovou, depois de solicitar que ele também mencionasse ‘a pobreza, a situação dos imigrantes, a violência contra as mulheres, o tráfico humano, a guerra e outros temas’, disse o chefe do DDF, cardeal Victor Manuel Fernández, em comunicado.
A resistência conservadora contra a nota do Vaticano
demonstra que algumas mudanças na interpretação das questões LGBT ainda encontram barreiras dentro da Santa Sé. Mesmo com a aprovação do papa Francisco, há setores que se opõem veementemente às diretrizes abordadas no documento sobre maternidade de substituição e mudanças de gênero.
Para a Igreja Católica, a autodeterminação pessoal em relação à teoria de gênero representa um desvio dos princípios fundamentais da vida humana, segundo os quais a identidade de cada indivíduo está intrinsecamente ligada à sua criação divina.
O posicionamento do Vaticano sobre a maternidade de substituição
também é claramente delineado na nota Dignitas infinita. O texto enfatiza que essa prática viola a dignidade da mãe de aluguel e da criança envolvida, seguindo a visão do papa Francisco, que a considera ‘desprezível’ e defende uma proibição global.
Sobre as cirurgias para resolver ‘anormalidades genitais’, a nota reconhece a possibilidade de intervenções médicas, mas alerta que tais procedimentos não devem ser confundidos com mudanças de sexo, mantendo a integridade da pessoa desde a concepção.
O debate sobre as questões LGBT na Santa Sé
continua sendo um desafio para a instituição, que reafirma sua condenação ao aborto, à eutanásia, à pena de morte e qualquer forma de discriminação baseada na orientação sexual. O Vaticano, em sintonia com o papa Francisco e seus antecessores, mantém uma postura firme em defesa da vida e da dignidade humana.
Fonte: @ Agencia Brasil
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