Ministro Moraes, do STF, mantém prisão preventiva de Rivaldo Barbosa, delegado de Polícia Civil do RJ, por periculosidade elevada em investigações de homicídios, Região Metropolitana, envolvendo órgãos federais e impunidade de organizações criminosas. Elementos probatórios nucleares.
O juiz Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu manter a detenção preventiva do delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, que está entre os investigados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes de manter a prisão do delegado Rivaldo Barbosa reforça o compromisso com a investigação do caso, garantindo que os acusados sejam responsabilizados pela justiça. A atuação firme das autoridades demonstra a seriedade com que o caso está sendo tratado, buscando esclarecer todos os detalhes e garantir a punição dos envolvidos.
Delegado Rivaldo Barbosa: Envolvimento em Caso Marielle Franco
No caso que chocou o Brasil, a vereadora Marielle Franco foi brutalmente assassinada em março de 2018, no Rio de Janeiro. A investigação desse crime revelou um cenário complexo, com diversas camadas de corrupção e impunidade. O delegado Rivaldo Barbosa, figura central nesse enredo sombrio, foi apontado como peça-chave em uma teia de relações obscuras.
A decisão que determinou a prisão de Barbosa ressaltou a periculosidade social do investigado, assim como a gravidade das acusações que pesam sobre ele. Barbosa, que atuava como supervisor de todas as investigações de homicídios na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, teria se envolvido em uma trama sinistra, na qual a impunidade era o objetivo final.
Segundo as provas apresentadas, Barbosa teria sido cooptado por figuras influentes, como o deputado federal Chiquinho Brazão e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, ambos também investigados no caso. A missão de Barbosa era garantir que a organização criminosa por trás do assassinato de Marielle Franco permanecesse impune.
Além disso, o delegado teria exigido que a execução do crime não ocorresse na Câmara de Vereadores, visando evitar que as investigações fossem conduzidas por órgãos federais, e não por ele próprio. Essa conexão entre Barbosa e a milícia do Rio de Janeiro, conforme descrito pelas autoridades policiais e pela Procuradoria-Geral da República, evidencia sua elevada periculosidade e seu papel central na empreitada criminosa.
O ministro responsável pelo caso destacou que Barbosa foi um dos mentores por trás de toda a operação criminosa, detendo conhecimento sobre os elementos probatórios cruciais para as investigações. Sua liberdade representaria um risco, pois poderia interferir no andamento do processo e comprometer a busca pela verdade.
Diante desse cenário sombrio, a prisão de Rivaldo Barbosa se mostra como uma medida necessária para garantir a ordem pública e resguardar a aplicação da lei penal. A justiça segue seu curso, desvendando os segredos de uma trama intrincada, permeada pela periculosidade social, impunidade e corrupção que assolam as entranhas do poder no Rio de Janeiro.
Fonte: © Conjur
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