Investigação da Polícia sobre empresas de SC inclui gestora ‘cripto’, operações de arbitragem e possíveis crimes de Sbaraini.
A Titanium Asset, gestora focada em tecnologia e criptoativos, está enfrentando complicações judiciais devido a investigações da Polícia Federal. Dois sócios da empresa Titanium foram indiciados devido a supostos crimes cometidos pela Sbaraini Administradora de Capitais, resultando no bloqueio dos fundos para resgate dos cotistas.
A situação desencadeada pela investigação da Polícia Federal sobre a Sbaraini Administradora de Capitais impactou diretamente a Titanium Asset, uma gestora focada em tecnologia e criptoativos. O indiciamento dos sócios da Titanium ressalta a importância da transparência nas operações financeiras. A manutenção dos recursos bloqueados da Titanium reflete a gravidade das acusações em questão.
A Profunda Ligação dos Irmãos Miksza com a Titanium
Os irmãos Claudio Miguel Miksza Filho e Guilherme Bernert Miksza surgem como principais suspeitos em uma investigação da Polícia envolvendo lavagem de dinheiro. Essa investigação está diretamente ligada à Titanium, gestora focada em tecnologia e criptoativos, fundada pelos mesmos sócios da instituição de pagamento MK BR, vendida em 2021 para Eduardo Sbaraini.
A Complexa Teia de Acusações e Suspeitas Envolvendo a Titanium
A MK BR, adquirida por Sbaraini, tinha o intuito de captar investimentos e gerir capital, prometendo rentabilidade para investidores por meio de operações de arbitragem com criptomoedas. A Polícia Federal, em sua Operação Ouranós em novembro de 2023, revelou suspeitas sobre um possível esquema que teria movimentado bilhões de reais, em atividades que lembram uma pirâmide financeira.
Em meio aos desdobramentos, a Titanium foi temporariamente afastada da gestão dos fundos, mas posteriormente retomou suas atividades, mantendo os resgates fechados desde novembro. A empresa foi alvo de investigações devido à falta de licenciamento da CVM para operar com investimento coletivo, tornando-se parte central da operação da PF devido à venda da MK BR para Sbaraini.
A Intrincada Relação Financeira entre Sbaraini e a Titanium
A entrada da Titanium nesse conturbado cenário se deu com a suspeita de que os sócios teriam recebido uma quantia substancial na venda da MK, que teria sido utilizada como investimento inicial para os fundos da Titanium. Esse capital suspeito teria sido ocultado pela gestora, surgindo a acusação de lavagem de dinheiro proveniente de operações ilícitas entre Sbaraini e a Titanium.
Paula Lima Hyppolito, advogada especialista em direito penal, destaca a complexidade da situação, ressaltando a importância de investigações detalhadas para elucidar eventuais crimes cometidos no contexto das transações entre as empresas ligadas a Sbaraini. A interconexão de interesses e movimentações financeiras obscuras entre Titanium, Sbaraini e outras empresas levanta questionamentos sobre a legalidade e transparência dessas operações.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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