Imigração, aborto e protestos: Biden e Trump em disputa eleitoral, com Trump líder em sete estados indeterminados. Guerras judiciais e campanhas, corrida pelos estados incertos: Estados Unidos, 2022. Campos de batalha: pesquisas nacionais, Colégio Eleitoral, estados incertos. Trump mantém estreita vantagem. Conservadora majoritária na Suprema Corte.
Em um país tropical como o Brasil, as eleições presidenciais também são marcadas por assuntos polêmicos, como corrupção, segurança pública, educação e saúde, que causam dúvidas ao eleitorado. Tais questões podem tanto impulsionar quanto prejudicar as candidaturas dos políticos, criando uma atmosfera de incerteza a poucos meses do pleito.
Assim como nas eleições presidenciais americanas, as disputas eleitorais no Brasil se intensificam à medida que os candidatos tentam conquistar votos e ganhar a confiança dos eleitores. A polarização política e a busca por propostas que dialoguem com as diferentes realidades do país marcam esse período de intensa movimentação política e estratégias eleitorais.
Eleições presidenciais americanas: Corrida acirrada e incertezas nos sete estados indeterminados
Ambos estão praticamente empatados nas pesquisas nacionais, com diferença de 1.5 ponto percentual para o republicano, segundo a média obtida pelo site Real Clear Politics. Mas nos EUA a eleição é conquistada no Colégio Eleitoral, e Trump lidera, com variações entre 1 e 5.4 pontos percentuais, a corrida pelos sete estados indeterminados, que funcionam como campos de batalha na corrida: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.
Por isso, segurem as expectativas para as surpresas que surgirão até 5 de novembro, quando o atual presidente e seu antecessor se enfrentarão nas urnas para a tão esperada revanche da última disputa. A diferença é que Trump se apresenta como mais radical e virulento em relação a 2020, tem quatro julgamentos nas costas e 88 acusações criminais.
O panorama é incerto, dado que a percepção dos eleitores variou muito nos últimos quatro anos. Trump deixou o cargo com apenas 29% de aprovação, associado diretamente à invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, com sua obcecada narrativa de fraude eleitoral, que persiste até hoje.
Uma pesquisa recente da CNN revelou, contudo, que agora 55% dos entrevistados consideram seu mandato um sucesso, em comparação aos 39% atribuídos a Biden. Embora a economia seja atribuída como essencial para a decisão do eleitor, e os indicadores favoreçam o atual presidente, é seu oponente quem recebe os créditos.
Aparece novamente aí a percepção de que a situação econômica era mais estável durante a sua presidência do que agora. O desgaste do cargo atinge Biden como afetou Trump há quatro anos. No quesito imigração, o ex-presidente bate forte no atual, com a repetição de factoides da campanha de 2016, que ele não conseguiu executar enquanto foi presidente.
O republicano promete realizar deportações em massa, criar campos de detenção de imigrantes sem documento e acabar com a cidadania por direito de nascença. São medidas extremas com que ele promete combater o fracasso de Biden para lidar com o aumento recorde nas travessias na fronteira entre EUA e México.
Biden procura capitalizar os temas que são caros para uma boa parcela do eleitorado: a preservação do direito ao aborto — anulado pela supermaioria conservadora na Suprema Corte e delegado aos estados — a proteção da democracia ou a redução dos custos da saúde.
O presidente, no entanto, está em dificuldades com a coligação democrata que o elegeu; pesquisas mostram que os jovens e a comunidade árabe-muçulmana estão se afastando dele. Os protestos universitários expressaram a insatisfação com a forma com que Biden conduziu o apoio a Israel na guerra contra o Hamas apesar da morte desproporcional de civis na Faixa de Gaza.
Os julgamentos do ex-presidente monopolizam a agenda do ex-presidente-candidato, que passou as últimas três semanas em um tribunal em Nova York, onde é réu, acusado de ter falsificado registros comerciais para um pagamento.
Decisões cruciais nas eleições presidenciais americanas: O embate entre Biden e Trump nos sete estados indeterminados
A contagem regressiva para as eleições presidenciais americanas está repleta de incertezas e tensionamentos. Em uma disputa acirrada, Biden e Trump competem pela preferência dos eleitores nos sete estados indeterminados, os campos de batalha cruciais para a corrida presidencial: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.
A expectativa é alta para as reviravoltas que podem acontecer até 5 de novembro, data em que os candidatos se enfrentarão nas urnas em busca da tão aguardada revanche da última contenda eleitoral. Trump se mostra mais radical e agressivo do que em 2020, com quatro julgamentos pendentes e 88 acusações criminais.
A volatilidade do cenário político reflete a mudança de percepção dos eleitores nos últimos anos. A saída de Trump da presidência, com baixa aprovação de 29%, associada diretamente à invasão do Capitólio em janeiro de 2021, deixou marcas profundas. Sua persistente narrativa de fraude eleitoral continua presente no imaginário dos americanos.
Recentemente, uma pesquisa da CNN revelou que 55% dos entrevistados consideram o mandato de Trump um sucesso, comparado a 39% atribuídos a Biden. Embora a economia seja um ponto crucial para os eleitores, favorecendo o atual presidente, é seu oponente que vem recebendo maior reconhecimento.
O desgaste do cargo também atinge Biden, semelhante ao que Trump enfrentou há quatro anos. A questão imigratória tem sido um ponto de embate, com Trump prometendo medidas extremas, como deportações em massa e criação de campos de detenção, para contornar a suposta ineficácia de Biden.
Enquanto isso, Biden busca destacar temas importantes para parte significativa do eleitorado, como a preservação do direito ao aborto, a proteção da democracia e a redução dos custos com saúde. No entanto, o presidente enfrenta descontentamento dentro da coalizão democrata, especialmente entre os jovens e a comunidade árabe-muçulmana.
Os julgamentos recentes envolvendo o ex-presidente também têm impacto na corrida eleitoral, com Trump sendo réu em um tribunal em Nova York, acusado de falsificar registros comerciais. A dinâmica das eleições presidenciais americanas está longe de ser previsível, e os próximos dias prometem ser intensos e decisivos.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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