A reimplantação do TCO pela PM é um marco na Segurança Pública, com resultados contabilizados no Relatório Estatístico. Método de impacto financeiro.
A reincorporação do TCO pelas forças de segurança é um avanço significativo para agilizar o registro de pequenas infrações, desafogando as delegacias e permitindo que os policiais se concentrem em casos mais complexos.
Com a utilização do Termo Circunstanciado de Ocorrência, a PM consegue atender de forma mais eficiente as demandas da população, garantindo um serviço mais ágil e próximo da comunidade. Além disso, o TCO possibilita um maior controle e monitoramento das ocorrências, contribuindo para a prevenção de crimes e para a melhoria da sensação de segurança nas cidades.
Impacto Financeiro da Metodologia de TCO
Os resultados da metodologia foram contabilizados e publicados no Relatório Estatístico elaborado pela Subseção de Estatística e Ciência Aplicada da 2ª Seção do Estado-Maior Geral (EMG) da Corporação com base nos dados da Central de Atendimento e Despacho (CAD) da Secretária de Segurança Pública (SSP). ‘Esta conquista é mais uma prova do empenho e compromisso em servir e servir com excelência.
Nossa missão é e sempre será promover a paz e a ordem no território alagoano. Completar este primeiro ano de TCO é razão para comemorar e sentir orgulho. Ao mesmo tempo é um chamado à responsabilidade e à busca constante pela eficiência e eficácia na prestação de serviço’, destacou o comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim.
No período compreendido entre março de 2023, ocasião da reimplantação, até o final de março de 2024, a instituição faz um balanço. O relatório indica que ao todo, 1.102 TCOs foram confeccionados, o que representa mais de R$ 716 mil em economia para o estado. Outro desdobramento foi o total de 197 bens ou objetos apreendidos, o que corresponde a 18% dos TCOs lavrados.
Dentre os objetos apreendidos estão os aparelhos e módulos de som, máquinas caça-níqueis e armas brancas. A ação de reimplantação é fruto de uma colaboração sinérgica entre diversos órgãos, como o Ministério Público, Tribunal de Justiça, Departamento de Trânsito e Associação dos Municípios Alagoanos, que assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
TCO e a eficácia na resolução de crimes
Metodologia de Impacto Financeiro Os TCOs representam uma nova abordagem da PMAL, permitindo resolver de forma célere e eficiente uma variedade de incidentes, desde delitos menores até situações mais complexas.
Crimes como ameaça, dano, vias de fato, uso de entorpecentes, infrações de trânsito e perturbação do sossego alheio agora podem ser tratados de maneira ágil e direta, graças a essa iniciativa.
Na prática, funciona da seguinte forma: ao invés de levar o caso a uma Delegacia da Polícia Civil, a lavratura do TCO é realizada pelas guarnições por meio de um formulário eletrônico na estrutura do aplicativo Quimera – ferramenta desenvolvida pela SSP e que já era utilizada para confecção de Boletins de Ocorrências e outras funcionalidades.
Após a conclusão do atendimento, a seção de planejamento e emprego operacional de cada unidade da corporação funciona como um cartório policial para revisar as informações repassadas e posterior encaminhamento do documento para o sistema do Tribunal de Justiça, também por meio eletrônico.
Outra vantagem é assinatura, que pode ser feita eletronicamente na própria tela do celular ou em documento impresso – cuja impressão é feita em uma máquina conectada ao sistema.
De acordo com um estudo realizado pela 2ª Seção do Estado-Maior Geral da PM, as despesas com deslocamento, combustível e tempo médio de espera, por exemplo, para condução de uma ocorrência a uma delegacia giram, oneram o estado em, em média, R$ 650,00 por ocorrência.
O mesmo estudo aponta que, graças à lavratura dos TCOs pela PMAL, o Estado economizou aproximadamente R$ 716 mil, que teriam sido gastos nos mesmos procedimentos, caso a PMAL encaminhasse a ocorrência a uma delegacia.
Essa economia demonstra dois princípios constitucionais: o da eficiência e da economia processual, permitindo o redirecionamento de recursos humanos e financeiros e para áreas mais críticas e complexas da segurança pública.
Destaque No início de março de 2024, a trajetória e os resultados da PM alagoana foi um dos destaques do 2º Fórum Nacional de Lavratura do TCO pela Polícia Militar, ocorrido em Florianópolis, em Santa Catarina, entre os dias 12 e 15 deste mês. Representantes de todas as polícias militares do país estiveram presentes compartilhando experiências e resultados.
Durante o evento, a promotora Karla Padilha, representante da 62ª Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial e Tutela da Segurança Pública de Alagoas, compartilhou a experiência do estado e a atuação do Ministério Público na implementação da lavratura de TCOs pela PM.
Distribuição Quanto à sua distribuição geográfica, os registros apresentam maior incidência na capital alagoana e no interior, os municípios de União dos Palmares, Atalaia e Arapiraca. Algumas unidades operacionais se destacaram na confecção de TCOs.
Entre elas estão o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), os 2º, 3º e 14º Batalhões de Polícia Militar (BPMs) e a 3ª Companhia de Polícia Militar Independente (CPM/I). Estas desempenham um papel crucial na aplicação e efetivação dos TCOs em diferentes âmbitos do estado.
No tocante à natureza dos crimes de menor complexidade e infrações penais, as tipificações mais registradas são crimes de trânsito (189), ameaça (174), perturbação do sossego alheio (140), cativeiro de animais silvestres (104), usuário de entorpecente (93), vias de fato (48), lesão corporal (48) entre outros.
Fonte: © TNH1
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