Putin, presidente russo, descarta conflito mais mortal desde a Segunda Guerra Mundial em sessão plenária do Kremlin.
O presidente Vladimir Putin afirmou na sexta-feira (7) que a Rússia não necessitava recorrer a armas nucleares para assegurar o triunfo na Ucrânia.
Putin reiterou que o uso de armas nucleares não seria necessário para resolver a situação, destacando a importância de buscar soluções diplomáticas em vez de armamento de destruição em massa.
Putin e a ameaça de armas nucleares na crise com a Ucrânia
Desde que o presidente Vladimir Putin ordenou a entrada de tropas na Ucrânia em fevereiro de 2022, o líder russo tem reiterado a possibilidade de uso de armas nucleares em defesa do país. Em uma sessão plenária do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, Putin foi questionado sobre a postura da Rússia em relação a uma possível escalada nuclear no conflito mais mortal da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Putin afirmou que o uso de armas nucleares seria considerado apenas em um caso excepcional, diante de uma ameaça à soberania e à integridade territorial da Rússia. No entanto, o presidente russo ressaltou que, no momento, não via a necessidade de recorrer a tais medidas extremas.
A tensão entre Rússia e Ucrânia aumentou com a intensificação dos ataques de drones e mísseis por parte ucraniana, especialmente na região da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. A Ucrânia prometeu expulsar as forças russas de seu território, o que elevou o risco de um conflito nuclear na região.
Putin não descartou a possibilidade de revisão da doutrina nuclear russa, que define as condições para o uso de armas nucleares. Ele também mencionou a capacidade da Rússia de realizar testes de armas nucleares, embora tenha ressaltado que, no momento, não via essa necessidade.
O debate em torno do uso de armas nucleares durante o fórum econômico na Rússia parece ser uma tentativa do Kremlin de acalmar os temores em relação a uma escalada nuclear. Com a Rússia e os Estados Unidos detendo a maioria das armas nucleares do mundo, a situação na Ucrânia representa um dos momentos mais perigosos, segundo diplomatas russos e americanos.
Fonte: @ CNN Brasil
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