Economista do banco culpa a política monetária restritiva por impactar o mercado imobiliário americano, gerando boom na construção de novas habitações e empregos.
O mercado imobiliário tem se mostrado bastante resiliente diante das mudanças econômicas recentes, com a demanda por imóveis seguindo em alta mesmo em meio à crise. A valorização dos imóveis e o aumento na procura por moradias têm impulsionado o setor, tornando-o um dos mais promissores no cenário atual.
Por outro lado, o mercado de habitação tem enfrentado desafios em relação à disponibilidade de financiamento e à infraestrutura urbana. Apesar das dificuldades, a perspectiva é de que o segmento continue em crescimento nos próximos anos, impulsionado pela busca por moradias mais adequadas às novas necessidades dos consumidores.
Impacto da Política Monetária Restritiva no Mercado Imobiliário
De acordo com especialistas, a política monetária restritiva poderia levar a um aumento do desemprego, indo contra a tendência natural. Isso ocorre devido ao fato de que as empresas tendem a investir e contratar menos em um cenário restritivo, como o implementado pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA.
Retomada do Setor de Serviços e Mercado Imobiliário Americano
No início, a forte retomada do setor de serviços após a pandemia era vista como o principal motivo para o baixo desemprego nos EUA. No entanto, uma explicação adicional surge em relação ao mercado imobiliário americano, conforme apontado pelo economista-chefe do J.P. Morgan para os Estados Unidos, Michael Feroli.
Michael Feroli destaca que as taxas de juros mais altas impactaram a venda de casas no pós-pandemia, levando a uma queda significativa. Mesmo assim, essa queda não afetou a construção de novas habitações, que registrou um aumento surpreendente.
Geração Millennial e o Mercado de Habitação
Uma das razões para esse aumento nas construções de habitação é a superdimensionada geração Millennial, que está em idade de comprar casa. O fenômeno do ‘aprisionamento das hipotecas’ também desempenha um papel importante, com mutuários optando por permanecer em suas propriedades devido ao aumento nas taxas de juros.
Essa decisão resultou em uma escassez de imóveis disponíveis no mercado, incentivando a construção de novas habitações e gerando empregos na área da construção civil. Mesmo que uma queda nas taxas hipotecárias possa aliviar essa escassez, ainda haveria um déficit físico que demandaria mais construções de casas no futuro, de acordo com Feroli.
Fonte: @ NEO FEED
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