Relatórios da Comissão de Inquérito destacam ataques de 7 de outubro e resposta militar de Israel, libertando reféns.
Uma investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) revelou hoje que houve conflito entre Israel e o Hamas nos primeiros momentos do conflito em Gaza. Tanto Israel quanto o Hamas foram acusados de cometer crimes de guerra, e as ações de Israel foram consideradas crimes contra a humanidade devido às graves consequências para os civis.
O relatório da ONU apontou que o conflito entre as partes envolvidas se intensificou rapidamente, resultando em uma verdadeira batalha que impactou diretamente a população civil. As investigações indicaram que o confronto entre Israel e o Hamas gerou sérias violações dos direitos humanos, levando a uma situação de extrema tensão na região.
Conflito em Gaza: Relatório da Comissão de Inquérito da ONU
As conclusões foram extraídas de dois relatórios paralelos da Organização de Inquérito da ONU: um focado nos ataques de 7 de outubro e outro na resposta de Israel. Israel, que não colaborou com a comissão, rotulou as conclusões como resultado de um viés anti-Israel. O Hamas não deu uma resposta imediata a um pedido de comentário.
A batalha teve início em 7 de outubro, quando combatentes liderados pelo Hamas, o grupo islâmico que governa Gaza, tiraram a vida de 1,2 mil israelenses e mantiveram mais de 250 reféns, conforme registros israelenses. A resposta militar de Israel resultou na morte de mais de 37 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, deslocando a maior parte da população de Gaza, estimada em 2,3 milhões de habitantes, gerando fome generalizada e destruindo moradias e infraestrutura.
Mediadores dos Estados Unidos, Egito e Catar têm se esforçado por meses para mediar um cessar-fogo e libertar os reféns, dos quais mais de 100 ainda estão em cativeiro em Gaza. Izzat al-Rishq, membro do gabinete político do Hamas, declarou que a resposta oficial à proposta de cessar-fogo dos EUA delineada pelo presidente Joe Biden, em 31 de maio, foi ‘responsável, séria e positiva’, abrindo caminho para um acordo amplo.
Contudo, uma autoridade israelense, sob anonimato, afirmou na terça-feira (11) que Israel recebeu a resposta por meio dos mediadores e que o Hamas ‘alterou todos os parâmetros principais e mais significativos’, rejeitando a proposta de libertação de reféns. A proposta de Biden prevê um cessar-fogo e a libertação gradual de reféns israelenses em Gaza em troca de palestinos detidos em Israel, visando, em última análise, o fim permanente do conflito.
Líbano está no centro das atenções, com as principais potências intensificando os esforços para deter o confronto e evitar que se transforme em uma guerra regional mais ampla. As hostilidades aumentaram na fronteira entre Líbano e Israel, com a milícia libanesa Hezbollah, apoiada pelo Irã, lançando foguetes contra Israel em retaliação a um ataque israelense que resultou na morte de um comandante de campo sênior do Hezbollah. Israel respondeu com ataques aéreos nos locais de lançamento, alimentando o receio de um confronto maior.
Os relatórios da ONU divulgados em Genebra abordam o conflito até o final de dezembro, concluindo que ambos os lados cometeram crimes de guerra, incluindo tortura, assassinato, ultrajes à dignidade pessoal e tratamento desumano. Os investigadores também apontaram que Israel cometeu crimes de guerra, como a fome como método de guerra, negligenciando o fornecimento de suprimentos essenciais aos habitantes de Gaza e impedindo seu acesso por outros meios.
Fonte: @ Agencia Brasil
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