Dados do Painel de Arboviroses (Ministério da Saúde): idade superior/superior, etária atingida, inferior, afetada; coeficiente de incidência, mudanças climáticas, El Niño, mosquito breeding sites, repelentes, inseticidas, Q fever, dengue vaccine. Faixa etária superior: idade 60+, inferior: menores de 15 anos. Arboviroses: doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, Zika e chikungunya. Incidência: número de casos registrados. Climáticas mudanças: impacto do clima nas doenças. El Niño: fenômeno meteorológico que causa alterações climáticas. Mosquito breeding sites: locais favoráveis à reprodução de mosquitos. Repelentes: substâncias que repelem mosquitos. Inseticidas: substâncias tóxicas que matam insetos. Q fever: doença transmitida por animais. Dengue vaccine: vacina para prevenir dengue.
Nesta segunda-feira, 29, o Brasil atingiu a marca de mais de 4 milhões de incidências de dengue. O país registra agora um total de 4.127.571 casos prováveis da doença, representando um aumento significativo em relação às estatísticas de abril. Os números foram divulgados pelo Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde.
Além dos casos de dengue, é importante manter a atenção e o combate a outras arboviroses para a prevenção de novas transmissões. A conscientização sobre como se prevenir contra essas doenças é essencial para reduzir a incidência de casos no país.
Desafios no Controle da Dengue em Meio a um Aumento nos Casos
Vale ressaltar que os dados divulgados diariamente pelo órgão não refletem de imediato a realidade, uma vez que há um intervalo de tempo até que sejam completamente atualizados. Em relação aos óbitos causados pela dengue, 1.937 foram confirmados e 2.345 estão em processo de investigação. O coeficiente de incidência da doença no país é de 2.032,7 casos para cada 100 mil pessoas.
No mesmo contexto do ano anterior, a faixa de idade mais atingida pela dengue é a de 20 a 29 anos. Já a faixa etária menos afetada é a de crianças menores de 1 ano, seguida pelas pessoas com 80 anos ou mais e pelas crianças de 1 a 4 anos, respectivamente. Todavia, todos esses grupos apresentaram aumento de mais de 100% nos casos, com destaque para o grupo de indivíduos com 80 anos ou mais, que registrou um aumento de 203% em comparação a 2023.
Os Estados com maior incidência da doença são Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina. Por outro lado, Roraima é o menos afetado, com um coeficiente de 43,9 casos por 100 mil habitantes, seguido por Ceará e Sergipe.
Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde antecipou uma projeção indicando que os casos de dengue em 2024 poderiam atingir, no máximo, 4.225.885.
Desafios no Controle da Dengue em Meio a um Aumento nos Casos
De acordo com especialistas, a escalada significativa de casos de dengue pode ser atribuída a medidas pouco eficazes de controle do mosquito Aedes Aegypti, o vetor da doença. As ações tradicionais envolvem a conscientização sobre a eliminação dos criadouros, que geralmente estão presentes nas residências, e a utilização de repelentes e inseticidas.
Além disso, os especialistas associam o ritmo incomum da epidemia ao fenômeno El Niño e às mudanças climáticas, que ocasionam temperaturas elevadas e chuvas irregulares – condições ideais para a reprodução do mosquito e, consequentemente, a propagação da doença. Outro aspecto preocupante, conforme o Ministério da Saúde, é a circulação simultânea dos quatro sorotipos da dengue – algo que não ocorria há anos.
Observa-se ainda uma interiorização da doença, com pequenas e médias cidades contribuindo para o aumento do número de casos.
Estratégias de Prevenção contra a Dengue em Meio a um Cenário de Aumento de Casos
A eliminação dos criadouros de mosquitos permanece como uma das principais formas de prevenir a doença. Além disso, recomenda-se adotar métodos físicos, como o uso de roupas claras, mosquiteiros e repelentes, especialmente os que contêm icaridina, DEET e IR3535, que possuem uma duração maior se comparados a outros tipos de repelentes.
A vacina contra a dengue, conhecida como Qdenga e fabricada pela empresa japonesa Takeda, foi aprovada pela Anvisa em março de 2023, representando o primeiro imunizante de amplo uso contra a doença disponível no Brasil. Uma medida crucial é a vacinação. Desde julho de 2023, a Qdenga está disponível na rede privada brasileira e, em dezembro do mesmo ano, foi integrada ao Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o Brasil o pioneiro a oferecer essa vacina gratuitamente no sistema público.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo