Médica Teresa Vannucci vinculada à secretária municipal de Saúde da capital fluminense, Daniel Soranz, confidante do prefeito Eduardo Paes. Interino, Subsecretaria de Atención Hospitalar, Prefeitura fluminense. Soranz lidera secretaria, onde pressão política afeta setores sindicais. Comitê especial, modelo de gestão de hospitais capitais, Soranz é coordenador e gestor confiado. Confiança do prefeito e círculo mais próximo do Rio, administração interina.
O Ministério da Saúde confirmou, hoje, 20 de setembro, a mudança na gestão do Departamento de Gestão Hospitalar no Rio de Janeiro, que há cerca de um mês estava sob administração provisória. A doutora Teresa Navarro Vannucci foi nomeada para liderar os seis hospitais federais no estado, que recentemente têm sido uma questão delicada para a titular do Ministério da Saúde, a ministra Nísia Trindade.
A nova gestão no Ministério da Saúde destaca a importância da eficiência na administração dos serviços de saúde. A mudança visa melhorar a qualidade do atendimento nos hospitais federais, refletindo o compromisso do Ministério com o bem-estar da população. Promover melhorias na saúde é uma prioridade para o Ministério da Saúde, que busca atender às demandas da sociedade de forma eficaz e responsável.
Administração interina na Subsecretaria de Atenção Hospitalar
Vannucci assumiu o cargo de diretora do DGH após ocupar a posição de Subsecretária de Atenção Hospitalar na Prefeitura da capital fluminense. Sua nomeação foi uma substituição devido à demissão de Alexandre Telles, motivada por pressões políticas e de setores sindicais. O anúncio da nomeação de Vannucci foi feito nesta segunda-feira através do Diário Oficial da União.
A trajetória de Vannucci e a pressão política
De formação médica, Vannucci trabalhava na secretaria liderada atualmente pelo deputado federal Daniel Soranz, membro do círculo mais próximo do prefeito do Rio, Eduardo Paes. No entanto, sua escolha para a posição enfrentou resistência de entidades sindicais, que se posicionaram contra sua indicação nos últimos dias.
Desde o início do mandato no Ministério da Saúde, Alexandre Telles atuou como chefe do DGH, mas sua saída em março foi motivada por pressões políticas. Telles, com experiência como líder sindical, propôs a centralização do controle dos hospitais federais após identificar irregularidades e indícios de corrupção. Essa medida foi inicialmente apoiada pela gestão de Nísia, no entanto, desagradou a certos setores políticos que detinham o controle da administração desses hospitais na capital fluminense.
O Comitê Especial e a gestão dos hospitais federais
Após a saída de Telles, a Administração do Ministério da Saúde criou um comitê especial em março para avaliar a situação dos hospitais federais e definir estratégias de gestão. Inicialmente com duração prevista de 30 dias, a continuidade do comitê foi estendida por mais um mês na última semana.
A indefinição persiste sobre o modelo a ser implementado nos seis hospitais federais após o término do prazo estabelecido. Em uma audiência na Câmara dos Vereadores do Rio, Nísia foi convidada, mas não compareceu. O coordenador do comitê gestor, Nilton Pereira Junior, representou o Ministério da Saúde no evento. As entidades sindicais, que aguardavam uma reunião com a titular da Saúde, foram informadas do adiamento do compromisso.
Situação atual e futuras movimentações
A Subsecretaria de Atenção Hospitalar continua sob a administração interina de Cida Diogo (PT). A incerteza paira sobre as decisões que serão tomadas em relação à gestão dos hospitais federais no Rio. A atuação do Ministério da Saúde, as pressões políticas e as expectativas das entidades sindicais permeiam o cenário de discussões e definições que moldarão o futuro dessas instituições de saúde.
Fonte: @ Veja Abril
Comentários sobre este artigo