Presidente participou da reativação do conselho de políticas indígenas durante o Dia dos Povos, em áreas com longo histórico de disputa de terras ocupadas por não indígenas, incluindo a ocupação por fazendeiros e a defesa da tese do marco temporal.
No dia anterior ao Dia dos Povos Indígenas, o líder Luiz Inácio Lula da Silva marcou presença na reunião de relançamento do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI) e oficializou a demarcação de duas novas terras indígenas.
As áreas indígenas são fundamentais para a preservação da cultura e do modo de vida dos povos originários. Os líderes indígenas têm lutado incansavelmente pela proteção de suas reservas indígenas, garantindo a perpetuação de suas tradições para as futuras gerações.
Novas homologações de terras indígenas em evento no Ministério da Justiça
Em um evento na sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública, realizado na última quinta-feira (18), foram oficializadas as terras indígenas Aldeia Velha, situada na Bahia, e Cacique Fontoura, localizada em Mato Grosso. No entanto, a expectativa era de que o presidente assinasse a homologação de mais quatro territórios indígenas, incluindo áreas com um longo histórico de disputa pela demarcação, como Morro dos Cavalos e Toldo Imbu, em Santa Catarina, Potiguara de Monte-Mor, na Paraíba, e Xukuru Kariri, em Alagoas.
Durante o evento, o presidente enfatizou que recebeu inicialmente seis terras indígenas para homologação, optando por assinar apenas duas delas devido a questões a serem resolvidas nas outras áreas. Lula mencionou a ocupação por não indígenas como um dos desafios enfrentados nesses territórios, indicando a necessidade de cautela na abordagem desse tema sensível.
Segundo o presidente, há territórios indígenas com presença significativa de não indígenas, incluindo fazendeiros e outras pessoas. Ele reconheceu ter atendido pedidos de governadores para uma abordagem cuidadosa nesses casos, visando garantir uma transição pacífica para os ocupantes atuais. A delicadeza da situação foi comparada à aprovação da tese do marco temporal para demarcações, que gerou controvérsias e disputas legais.
Ao destacar a importância de não criar expectativas irreais para as comunidades indígenas, Lula reforçou seu compromisso em lidar com as questões de forma transparente e responsável. Com as duas novas áreas homologadas, o governo contabiliza um total de 10 terras indígenas demarcadas durante o terceiro mandato. Antes disso, em 2023, oito territórios já haviam sido oficializados, após anos de paralisação nos processos de demarcação.
A retomada desse processo representa um marco significativo na proteção dos territórios indígenas e no reconhecimento dos direitos das comunidades tradicionais. A Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, ressaltou a importância dessa conquista e reiterou o compromisso em continuar a luta histórica pela preservação das terras indígenas e pela garantia dos direitos desses povos.
Fonte: @ Agencia Brasil
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