Reunião Aquilombar 2024 em Brasília discutiu processos de titulação, avanços do movimento atual, governo e políticas públicas de 2024. Temas: quilombolas, ambiente, climáticos, COP30, sociobiodiversidade, invisibilizados, fronteira, agronegócio, mineração, reparação (bilhões, milhões), orçamento de terras.
Líderes quilombolas que participaram da conferência Aquilombar 2024, em São Paulo, manifestaram preocupação com a demora do governo estadual em concluir a titulação dos territórios quilombolas, mesmo reconhecendo pequenos progressos na agenda do movimento sob a gestão atual.
Além disso, os representantes das comunidades negras rurais ressaltaram a importância de acelerar o processo de regularização fundiária dos quilombolas, visando garantir a segurança e a preservação de suas tradições ancestrais.
Quilombolas: Avanços e Desafios nas Comunidades Negras Rurais
O coordenador executivo da Articulação Nacional de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Biko Rodrigues, enfatizou que o processo de titulação dos territórios quilombolas ainda está em fase inicial. Ele ressaltou que, apesar dos esforços do governo passado em reconstruir políticas públicas, as expectativas para este ano de 2024 eram maiores. Biko Rodrigues expressou a necessidade de mais agilidade na titulação de terras quilombolas.
A segunda edição do Aquilombar, o maior evento quilombola do país, reuniu mais de 1.000 pessoas de diversas regiões, destacando a importância da preservação dos territórios quilombolas. O tema ‘Ancestralizando o Futuro’ norteou as atividades do evento, que culminaram em uma marcha na Esplanada dos Ministérios e na entrega de uma carta com as demandas do movimento aos representantes do governo federal.
Biko Rodrigues, líder quilombola, defendeu que a demarcação dos quilombos é fundamental para a preservação do meio ambiente, especialmente diante das catástrofes climáticas como a COP30. Ele ressaltou o papel das comunidades quilombolas como fronteira contra o avanço do agronegócio e da mineração, apesar de serem frequentemente consideradas invisíveis, mesmo estando presentes em diversos biomas.
Durante o evento, Biko enfatizou a necessidade de mais investimentos na política de titulação de terras quilombolas, destacando a discrepância entre o orçamento atual e a demanda histórica de reparação. Ele ressaltou que os recursos disponíveis seriam insuficientes para regularizar todas as áreas reivindicadas pelas comunidades, evidenciando a importância de priorizar essa política no governo.
A presença de ministros no evento, incluindo Anielle Franco, Márcio Macêdo e Margareth Menezes, demonstrou o reconhecimento da importância das comunidades quilombolas. No entanto, Biko Rodrigues ressaltou a urgência de ações concretas para garantir a titulação das terras e a preservação da sociobiodiversidade, enfatizando a necessidade de mais investimentos e recursos para atender às demandas das comunidades quilombolas.
Fonte: @ Agencia Brasil
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