Afastados pelo corregedor Nacional de Justiça por burlar ordem processual e desobedecer decisão do STF, durante a Operação Lava Jato e sob suspeitas de irregularidades enquanto ministro Luís Felipe.
O corregedor Nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, decidiu suspender as atividades da juíza Gabriela Hardt devido a supostas irregularidades durante sua atuação à frente da 13ª Vara Federal de Curitiba-PR, em meio à polêmica envolvendo a Lava Jato.
Essa movimentação ocorre em um momento delicado para a magistrada, que enfrenta críticas e questionamentos sobre sua conduta durante a Operação. A investigação das alegadas transgressões de Hardt ressalta a importância da integridade e ética no contexto da Lava Jato e de qualquer operação anti-corrupção.
Gestão irregular de recursos na Operação Lava Jato
Em um desdobramento surpreendente, a juíza Gabriela Hardt e outros três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) foram afastados por supostas irregularidades enquanto atuavam na Operação Lava Jato. O corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, destacou que a conduta dos magistrados desviou-se do caminho da justiça e comprometeu a credibilidade do sistema judicial.
No caso específico de Gabriela Hardt, que assumiu a 13ª Vara como substituta de Sergio Moro em 2019, Salomão ressaltou a presença de indícios contundentes de sua participação em ações que comprometeram a imparcialidade e a confiança no exercício da função judicante. O corregedor apontou a necessidade de afastamento dos cargos dos desembargadores, visando preservar a integridade e a confiança da sociedade nas decisões judiciais.
A investigação em andamento, aberta em maio de 2023, destaca a destinação questionável de valores bilionários provenientes de acordos firmados pela Petrobras e empreiteiras como a Odebrecht. O relatório final da apuração será submetido ao plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para análise minuciosa. A desembargadora afastada é apontada como responsável por homologar um acordo de leniência que, segundo Salomão, desviou-se do propósito original de combate à corrupção.
A avaliação do corregedor aponta para a transformação da Operação Lava Jato em uma espécie de ‘cash back’ para interesses privados, destacando a utilização da jurisdição para benefícios particulares em detrimento do interesse público. O relatório parcial sinaliza uma gestão caótica dos recursos provenientes dos acordos de delação premiada e leniência, sugerindo falhas na cautela, transparência e imparcialidade por parte dos magistrados envolvidos.
Além de Gabriela Hardt, os desembargadores Thompson Flores, Danilo Pereira Júnior e Loraci Flores de Lima também foram afastados, sob a acusação de desobediência a decisões do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. O cenário revelado pela investigação aponta para uma série de indícios de infrações disciplinares, ressaltando a necessidade de uma apuração rigorosa para garantir a integridade e a confiança no sistema judiciário.
Fonte: @ Metropoles
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