Nível de IPH em Mauá atingiu 4,99 às 6h15. Medida pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Inmet e Prefeitura. Affects comercio, indústria, educação, saúde, etc. Baixo nível causou eventos climáticos. Dmae, Estação de Água e Esgoto, e outras áreas de serviços alertados. Instituições meteorológicas e Defesa Civil informaram.
RIO DE JANEIRO, RJ (AGÊNCIA BRASIL) – O nível do lago Guaíba, em Porto Alegre (RS), registrou uma queda significativa nos últimos dias. Pela primeira vez desde segunda-feira (13), o nível do lago ficou abaixo dos 5 metros, marcando 4,99 metros às 6h15, no cais Mauá.
Essa redução no nível do lago Guaíba preocupa as autoridades locais, que estão monitorando de perto a situação. A variação do nível hidrográfico dos lagos é um indicador importante para avaliar a disponibilidade de água na região, impactando diretamente diversas atividades econômicas e o abastecimento de água potável na cidade.
Impactos do aumento do nível do lago Guaíba
De acordo com o IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a medição do nível dos lagos indica uma tendência de redução gradual nos próximos dias, mantendo-se acima dos 4 metros ao longo da semana. O ponto mais alto registrado até o momento ocorreu há cerca de uma semana, quando o nível hidrográfico atingiu a marca de 5,3 metros. Apesar da retomada das chuvas, que se apresentaram de forma fraca, no Rio Grande do Sul, a situação não comprometeu as atividades de limpeza nos locais afetados pela baixa do nível.
A previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) aponta para a continuidade das chuvas durante a tarde em diversas regiões do estado, como as áreas central, norte, nordeste e noroeste, sem representar riscos iminentes de novos alagamentos. A análise do Painel Informativo da Prefeitura de Porto Alegre destaca que os eventos climáticos ocorridos em maio deste ano no Rio Grande do Sul ultrapassaram qualquer registro histórico, impactando significativamente milhões de pessoas.
Em Porto Alegre, a enchente histórica do Guaíba afetou diretamente 157.701 habitantes, com destaque para os bairros Sarandi, Menino Deus, Farrapos, Humaitá, Cidade Baixa, Floresta, Ponta Grossa, Centro Histórico, São Geraldo e Lami. O impacto também se estendeu ao setor empresarial, atingindo um total de 45.970 empresas, distribuídas entre os segmentos de serviços (29.048), comércio (11.320), indústria (5.496) e outras áreas (106).
No âmbito educacional, a inundação afetou 160 instituições de ensino, sendo 16 municipais, 44 estaduais e 100 particulares. Já na área da saúde, 31 locais foram prejudicados, incluindo 22 unidades de saúde, dois hospitais, três farmácias populares e quatro clínicas da família. Além disso, equipamentos públicos como praças (186), parques e largos (12) e vias públicas (1.081) também sofreram com os impactos do evento climático.
Na última quarta-feira (15), o Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgoto) conseguiu restabelecer a operação da estação de água Moinhos de Vento, que estava inoperante desde o dia 4. Essa estação é responsável pela captação de água do Guaíba e pelo abastecimento de 150 mil pessoas, além de sete hospitais da região.
As intensas chuvas no Rio Grande do Sul resultaram em pelo menos 151 óbitos, de acordo com o boletim divulgado às 9h desta quinta-feira (16) pela Defesa Civil. Ainda há 104 pessoas desaparecidas, o que pode elevar o número de vítimas nos próximos dias. As mortes foram registradas em 44 municípios, com um total de 806 feridos. Ao todo, 458 cidades foram afetadas, resultando em 77.199 desabrigados e 538.164 desalojados devido aos eventos climáticos extremos na região.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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