Josenilda Alves, mãe de Dário (809g, n. em janeiro), sairá da UTI após 112 dias, sem hipertensão, diabetes, treinamento, cesária emergencial, pré-termogesto de gestação extremo.
Se para toda mãe, a maternidade é uma caixinha de surpresas, rodeada de dúvidas e incertezas, para as mães de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) as angústias são ainda mais latentes. A prematuração de um bebê traz consigo uma série de desafios e preocupações, tornando a jornada materna ainda mais complexa e emocionante. bebê traz consigo
É preciso lidar com a fragilidade do recém-nascido, os cuidados especiais exigidos pela prematuridade e a ansiedade que permeia o ambiente hospitalar. A prematuridade nos faz refletir sobre a força e a resiliência das mães, que enfrentam cada obstáculo com coragem e amor incondicional. A prematuridade nos ensina que, mesmo diante das adversidades, o amor é capaz de superar qualquer desafio.
Uma história de prematuração e superação
Prestes a dar à luz seu primeiro filho, a enfermeira em radiodiagnóstico Josenilda Pedreira Alves, 37 anos, vivenciou uma situação inesperada na sala de parto. Foi informada de que não ouviria o choro do seu bebê ao nascer. Dario veio ao mundo prematuro no dia 22 de janeiro, com 26 semanas de gestação, pesando 809 g. Seus pulmões ainda não estavam completamente formados, o que exigiu que fosse imediatamente entubado e levado para a incubadora, sem sequer desfrutar do primeiro toque do colo materno.
No próximo domingo de Dia das Mães, Josenilda celebrará seu primeiro Dia das Mães com a presença de Dario, que completará 112 dias na UTI neonatal. Apesar dos desafios enfrentados, a família está prestes a se reunir em casa, após uma jornada de quase quatro meses lutando pela vida do pequeno.
A gravidez de Josenilda transcorria tranquilamente até o dia do parto, com um pré-natal em dia, sem hipertensão arterial, sem diabetes gestacional, e sem outras complicações que pudessem indicar um parto prematuro. No entanto, no dia 21 de janeiro, ela começou a sentir contrações, inicialmente interpretadas como contrações de treinamento. Com a intensificação das dores, Josenilda foi para o hospital, onde descobriu estar com três dedos de dilatação, indicando que Dario poderia nascer a qualquer momento.
A situação se agravou quando a bolsa de Josenilda rompeu e foi necessário realizar uma cesárea de emergência devido à posição sentada de Dario. No centro cirúrgico, a médica neonatologista Marcela explicou a Josenilda sobre a prematuridade extrema de Dario e a necessidade de procedimentos imediatos para garantir sua sobrevivência.
Apesar da ausência do choro de Dario ao nascer, Josenilda manteve-se forte diante das adversidades. A jornada de superação e cuidados intensivos na UTI neonatal trouxe aprendizados e emoções intensas para a família. A experiência de lidar com a prematuridade de Dario fortaleceu os laços familiares e trouxe à tona a importância do apoio e da esperança em momentos desafiadores.
Fonte: @ Estadão
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