Previsão: La Niña pode trazer aumento das temperaturas e condições meteorológicas extremas este ano.
O El Niño 2023/2024, que causou um impacto significativo nas temperaturas e no clima ao redor do planeta, está gradualmente perdendo força, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). A OMM anunciou nesta segunda-feira (3) que há indícios de que o El Niño está chegando ao fim, trazendo consigo a expectativa de um retorno às condições normais do clima global.
Após um período de intensas mudanças climáticas provocadas pelo El Niño, a transição para um possível cenário de La Niña está se aproximando, conforme indicam as últimas previsões da OMM. Esse fenômeno climático oposto ao El Niño pode trazer consigo novos desafios e impactos nas condições meteorológicas em diferentes regiões do mundo, sendo importante monitorar de perto sua evolução nos próximos meses.
El Niño: Um Fenômeno Climático de Impacto Global
El Niño, um fenômeno climático conhecido por seu poder de influenciar as condições meteorológicas extremas em diversas regiões do mundo, apresenta um comportamento cíclico que tem intrigado cientistas e meteorologistas ao longo dos anos. Contrapondo-se ao El Niño, temos o fenômeno oposto, La Niña, caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais do oceano Pacífico, formando uma verdadeira ‘piscina de águas frias’ em suas profundezas, como apontado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Segundo as análises do IPMA, o El Niño atinge sua intensidade máxima no final de cada ano, dissipando-se geralmente no ano seguinte. No entanto, as previsões mais recentes da Organização Meteorológica Mundial (OMM) indicam uma probabilidade crescente de o La Niña surgir em determinados períodos, com a possibilidade de um novo El Niño se tornando cada vez mais insignificante.
A OMM destaca que os efeitos de cada evento do La Niña variam de acordo com a intensidade, duração e interação com outras variáveis climáticas. O padrão climático El Niño Oscilação Sul, que engloba tanto o El Niño quanto o La Niña, ocorre em um contexto de mudanças climáticas globais, que estão aumentando as temperaturas e agravando as condições meteorológicas extremas em todo o mundo.
Em um cenário onde as temperaturas globais estão em constante aumento, a subsecretária-geral da OMM, Ko Barrett, alerta para a continuidade de um clima mais extremo, devido ao calor e à umidade extras presentes na atmosfera. As previsões da OMM apontam para temperaturas acima do normal em diversas áreas terrestres e precipitação acima da média em regiões como o extremo norte da América do Sul, América Central, Nordeste africano, região do Sahel e partes do Sudoeste asiático, influenciadas pelos impactos iniciais das condições do La Niña.
Fonte: @ Agencia Brasil
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