Unidade de saúde com 60 leitos, atende 200 pessoas diariamente. Gestão de emergências, triagem, equipe de especialistas, centros de primário atendimento. Humanitários e vítimas massas admitidos.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha anunciou hoje a inauguração de um hospital de campanha na cidade de Rafah, localizada no sul da Faixa de Gaza. Com 60 leitos disponíveis, a unidade de saúde tem como objetivo fornecer cuidados médicos essenciais à população palestina que necessita de atendimento urgente. A capacidade de atendimento é de 200 pessoas diariamente, abrangendo serviços cirúrgicos de emergência, pediatria, ambulatório, obstetrícia, ginecologia, maternidade e neonatologia.
O novo hospital temporary também estará preparado para lidar com situações de ‘gestão de vítimas em massa’ e triagem, garantindo uma resposta eficaz em momentos de crise. A iniciativa visa reforçar o sistema de saúde local e proporcionar suporte vital à comunidade em meio aos desafios enfrentados. A presença desse field hospital representa um importante recurso para a região, contribuindo significativamente para a melhoria do acesso aos cuidados médicos essenciais.
Hospital de Campanha: Reforçando a Equipe Humanitária
A equipe do hospital de campanha será composta por aproximadamente 30 especialistas humanitários de diversas sociedades nacionais da Cruz Vermelha, prontos para colaborar com a gestão e manutenção dessa unidade de saúde de emergência. Essa iniciativa visa fortalecer a capacidade de resposta diante de situações de vítimas em massa, destacando a importância da triagem adequada e do trabalho em equipe de especialistas.
A unidade temporária, conhecida também como field hospital, terá em seu quadro cirurgiões, médicos, anestesistas, enfermeiros, técnicos, engenheiros, logísticos e administradores, todos empenhados em oferecer cuidados essenciais à população afetada. A Cruz Vermelha reforçou que a unidade de saúde de emergência tem como objetivo complementar e apoiar as ações da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, uma organização humanitária fundamental na região.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), estima-se que mais de 450 mil pessoas tenham deixado Rafah na última semana, em meio a um cenário de intensos conflitos. Muitas dessas pessoas foram deslocadas seguindo ordens de retirada para o sul do território palestino por Israel, o que tem gerado preocupações sobre a segurança e o bem-estar dos refugiados.
Enquanto isso, as forças israelenses se preparam para uma possível incursão em Rafah, alegando a presença de combatentes do Hamas na região. Especialistas, líderes mundiais e organizações humanitárias alertam para as consequências devastadoras de um ataque desse tipo, que poderia agravar ainda mais a crise humanitária na Faixa de Gaza e resultar na morte de civis inocentes.
A Cruz Vermelha destaca que diversos centros de assistência primária à saúde e unidades de saúde importantes em Gaza foram danificados, incluindo os hospitais Al-Amal e Al Quds, ressaltando a necessidade urgente de proteger essas instalações vitais para a população local. Apenas 33% dos 36 hospitais de Gaza e 30% dos centros de assistência primária à saúde estão operacionais, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o que evidencia a sobrecarga enfrentada pelos profissionais de saúde.
Diante desse cenário, a comunidade internacional e as autoridades locais são instadas a respeitar o Direito Internacional Humanitário e garantir a proteção dos hospitais como santuários para preservar a vida humana. O Hospital de Campanha da Cruz Vermelha em Rafah desempenha um papel crucial nesse contexto, oferecendo assistência médica essencial em meio à crise.
Os ataques recentes em Gaza já resultaram na morte de milhares de pessoas, conforme relatos do Ministério da Saúde do território palestino. A guerra em curso tem gerado impactos devastadores para a população civil, com o Hamas e Israel envolvidos em um conflito que tem causado sofrimento e destruição em larga escala. É fundamental que a comunidade internacional se una em prol da paz e da proteção dos direitos humanos na região.
Fonte: @ CNN Brasil
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