Governantes precisam agir contra a crise climática e crimes ambientais, como as queimadas pelo Brasil, com endurecimento das penas para proteger o meio ambiente.
Diante da crise climática que assola o planeta, o Brasil enfrenta um desafio ainda maior com o aumento das queimadas em seu território. Nesse cenário, o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, destacou em entrevista à Rádio Eldorado, na última sexta-feira, 13, que é fundamental adotar medidas mais drásticas e imediatas para evitar que as consequências da destruição ambiental se tornem ainda mais devastadoras.
A crise climática é um problema que exige ação urgente e coordenada. As mudanças climáticas estão causando impactos irreversíveis em nosso planeta, e a destruição ambiental é um dos principais fatores que contribuem para essa catástrofe. É essencial que tomemos medidas concretas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e proteger nossos ecossistemas. A hora de agir é agora, e é fundamental que todos trabalhemos juntos para evitar que a catástrofe climática se torne uma realidade irreversível.
A Crise Climática: Um Desafio que Exige Ação Imediata
Marcio Astrini, secretário-executivo da coalizão de ONGs Observatório do Clima, enfatiza que, apesar dos avanços, os esforços para combater a crise climática ainda são insuficientes e atrasados. Ele destaca que os governantes precisam ‘sair do discurso e começar a agir’ para enfrentar a destruição ambiental e a catástrofe climática que assola o Brasil.
A principal forma de combate citada por Astrini é o endurecimento das penas contra crimes ambientais, principalmente aqueles ligados às queimadas. Especialistas afirmam que a maioria das queimadas que se alastram pelo Brasil é criminosa, e não por descarga elétrica, como acontece em outros países. ‘Hoje, a pessoa não é pega. E, se é pega, toma uma multa, e não paga. Ela dá uma cesta básica e sai pela porta da frente. Então, esse crime fica totalmente impune’, diz Astrini.
A Falta de Ação Coordenada e a Necessidade de Mudanças
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alertado antecipadamente sobre a seca e o risco de incêndios florestais no Brasil, mas as medidas tomadas atualmente pelo poder público são insuficientes, afirma o secretário-executivo do Observatório do Clima. ‘É bem claro que tudo que já acontecia, essas temporadas de seca, de queimada, de inundação, elas estão muito mais frequentes, muito mais agressivas e os governos ainda estão tomando as medidas que tomavam lá atrás, como se o mundo e o clima não tivessem mudado’, diz Astrini.
Ele enxerga os governos ‘totalmente despreparados’ e sente falta de uma ação coordenada, inclusive para tratar das consequências da poluição do ar, por exemplo, como os problemas de saúde que afetam a população. ‘Vamos precisar fazer muito mais. Agora não adianta só a gente correr atrás do prejuízo, nós precisamos ser mais agressivos. Está na hora de, por exemplo, a gente acabar de uma vez por todas com o crime ambiental no Brasil’, acrescenta.
Um Plano para o Futuro: Reduzir as Emissões e Combater a Destruição Ambiental
O Observatório do Clima preparou uma proposta com um plano para ser cumprido até 2035 para que o governo se comprometa a cumprir medidas em favor do meio ambiente, como diminuir as emissões de gás de efeito estufa. ‘É um plano agressivo e é isso que nós precisamos fazer, porque o clima está mais agressivo. Não adianta a gente tomar as medidas antigas e achar que elas vão gerar resultados novos. O Brasil, se quiser realmente ter esse exemplo, ele vai ter que ser extremamente agressivo ao tratar principalmente com o crime ambiental e a ilegalidade’, declara.
Fonte: @ Terra
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