Requerimento de abertura de CPI para investigar crimes contra a liberdade sexual em SP será votado na Câmara. Alvos principais em vulnerabilidade.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O deputado Carlos Nunes (Partido da Justiça) apresentou na última quinta-feira (14) uma solicitação de instauração de outra CPI que investiga possíveis irregularidades em contratos de construção civil. A votação do pedido está prevista para o próximo mês, durante a próxima sessão legislativa. É importante ressaltar que a formação da CPI depende da aprovação de pelo menos um terço dos membros da assembléia, ou seja, 27 parlamentares.
Na semana passada, uma Comissão Parlamentar de Inquérito foi aberta na Câmara dos Deputados para investigar denúncias de desvio de verbas públicas. As investigações prometem trazer à tona esquemas de corrupção que envolvem grandes empresários e políticos influentes. A população aguarda ansiosamente por respostas concretas e medidas eficazes para combater a corrupção.
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Abrir uma CPI para investigar crimes sexuais relacionados a entidades assistenciais
Rubinho afirma que o objetivo é ‘apurar a dignidade da pessoa humana, em especial crimes contra a liberdade sexual, assédio moral, sexual, psicológico e abusos congêneres cometidos contra pessoas em situação de rua, vulnerabilidade e drogadição no município de São Paulo’. O vereador vem dizendo que há provas contundentes contra o religioso.
Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar casos envolvendo vulnerabilidade e crimes sexuais
Júlio Lancellotti sempre negou as acusações. No começo desta semana, Rubinho alterou o escopo da CPI, que antes mirava apenas as ONGs que atuam na região central da cidade.
De acordo com ele, tais entidades recebem dinheiro público e exploram os dependentes químicos. Inicialmente, o vereador listava como dois alvos principais o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecido como Bompar, e o coletivo A Craco Resiste.
Investigação ampla para crimes sexuais – CPI em foco
Ambos prestam auxílio à população de rua e dependentes químicos no centro da capital. Com a mudança no escopo, o vereador irá direcionar o foco das investigações para Lancellotti, mas diz que não poupará as entidades. ‘O escopo foi ajustado para que a Comissão tenha segurança jurídica para investigar crimes sexuais praticados no âmbito das ONGs que atuam com pessoas vulneráveis, mas ainda mantendo a essência da CPI’, disse Rubinho.
Segundo o vereador, há dois depoimentos de possíveis vítimas do religioso. Para convencer os parlamentares sobre a necessidade de apurar a conduta do padre, Nunes e Milton Leite, presidente da Câmara, enviaram um vídeo que mostra um homem se masturbando durante uma conversa pela internet.
Provas contundentes na abertura de uma CPI voltada para crimes sexuais
O material não tem autenticidade comprovada. Lancellotti diz se tratar de conteúdo adulterado. O mesmo vídeo também foi compartilhado em 2020, quando Arthur do Val, então candidato à Prefeitura de São Paulo, fez denúncia à Igreja Católica.
Na ocasião, a igreja arquivou a investigação. Em fevereiro deste ano, a Arquidiocese afirmou que abriu nova investigação para apurar a conduta do pároco, após tomar conhecimento de um ‘suposto novo fato de abuso sexual’. O padre sempre rebateu as acusações e disse na ocasião, em nota, que ‘as imputações surgidas recentemente – assim como aquelas que sobrevieram no passado – são completamente falsas, inverídicas’ e que ele tem ‘plena fé que as apurações conduzidas pela Arquidiocese esclarecerão a verdade dos fatos’.
Escopo da CPI ampliado para abarcar investigações de crimes sexuais e vulnerabilidade
O regimento da Câmara permite a realização de até cinco CPIs simultaneamente. Hoje, estão em andamento as CPIs da Enel, da Violência contra Mulher e de Furtos de Fios e Cabos.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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