Na região do Vale do Taquari, após a catástrofe recente, estão zonas de guerra: pontes destruídas, casas em ruínas, entulho e lama em todos os lados. Rodovias importantes, como BR-386, sofreram bloqueios e restrições de acesso. Marcas da força e natureza identificam novas cotas de inundação. Encostas e morros apresentam deslizamentos. Cheias afetaram praticamente todos os municípios gaúchos desde o final de abril.
Em menos de um ano, quatro cheias devastadoras impactaram vilas e cidades do Vale do Paraíba, que engloba diversos municípios na parte central do estado de São Paulo, com destaque para a produção agrícola e uma indústria em crescimento.
A população local enfrenta grandes desafios para se recuperar das cheias recentes, que causaram prejuízos materiais e emocionais. As autoridades locais estão buscando soluções eficazes para prevenir novas enchentes e proteger a comunidade.
Cheias e Enchentes: A Devastação no Vale do Taquari
O cenário pós-catástrofe se assemelha a uma região de guerra, com pontes destruídas, casas em ruínas, entulho e lama espalhados por todos os lados, deixando a população em choque. A tragédia que assolou o estado teve início no final de abril, e as cheias dos rios impactaram quase todos os municípios gaúchos.
A cobertura da Agência Brasil revelou, no domingo (19), a situação no Vale do Taquari, onde ainda persistem bloqueios e restrições de acesso a cidades como Roca Sales e Arroio do Meio, que foram severamente afetadas. Até recentemente, importantes rodovias, como a BR-386, que ligam a capital ao interior, permaneciam parcialmente interditadas devido às inundações na pista.
Durante os dias trágicos das enchentes, uma cena marcante viralizou na internet: a ponte sobre o Rio Taquari, na entrada de Lajeado, quase submersa pela água, com o rio transbordando e cobrindo fábricas e lojas, incluindo uma unidade da rede Havan com sua icônica estátua da Liberdade.
Duas semanas se passaram, mas as marcas da força da natureza continuam evidentes, com a ponte coberta de galhos e os barrancos à margem do rio exibindo árvores arrancadas desde a raiz. Uma fábrica de vidros próxima à ponte foi destruída pela correnteza e anunciou sua mudança de endereço nas redes sociais.
Mais ao norte de Lajeado, na rodovia que acompanha o Taquari, muitas casas da área rural estão em ruínas. ‘Essa enchente foi incomparável com o passado. Em setembro, o rio atingiu 2,20 metros acima da maior cheia registrada, mas neste mês, ultrapassou em mais 2 metros’, relata Sandro Herrmann, prefeito de Colinas, cidade às margens do rio.
Apenas em Colinas, mais de 300 residências e 1,4 mil pessoas foram diretamente afetadas, representando quase 60% da população local. ‘Essas cheias evidenciaram a inadequação do plano diretor existente. Com as novas cotas de inundação, a cidade precisará se reestruturar em locais diferentes, não apenas as áreas ribeirinhas, mas também as encostas sujeitas a deslizamentos’, destaca Herrmann.
Não muito distante dali, outro ponto de devastação continua causando transtornos aos moradores e trabalhadores da região. A ponte da rodovia estadual RS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio, foi arrastada pelo Rio Forqueta, afluente do Taquari, e agora repousa como destroços na margem do rio. Desde meados de maio, uma passagem improvisada para pedestres foi montada pelo Batalhão de Engenharia do Exército, permitindo a travessia em meio aos escombros.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo