Presidente EUA apoia “ações pacíficas”, rejeita impedimento a estudantes judeus em universidades (Brasília, quarta-feira). Biden pressionado por opinião pública sobre pro-Palestina manifestações, crime de ódio: invasões, tiros de gás lacrimogênico, balas de borracha (terça-feira, horário local). Forças policiais escalam acampamento, operação (horário, local, Brasília). Biden: retirada de apoio a prestigiados campos, repercussão eleitoral.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou nesta quinta-feira (2) a violência nos protestos universitários no país, porém afirmou seu apoio às manifestações, desde que ocorram de forma pacífica.
Biden destacou a importância da liberdade de expressão e do direito de protestar de forma pacífica. Salientou que os atos são uma maneira legítima de os cidadãos se fazerem ouvir. Além disso, o presidente reiterou seu compromisso em promover o diálogo e a inclusão social.
Protestos nos EUA: Presidente Biden se Manifesta
Foi a primeira vez que o presidente dos EUA e também candidato à reeleição se manifestou sobre a onda de manifestações em campi prestigiados do país desde a escalada do movimento. Mais de 1.000 pessoas já foram presas.
Posicionamento de Biden sobre os Protestos
‘Protestos pacíficos são livres nos Estados Unidos. Protestos violentos, não’, declarou Biden. Destacou que destruir propriedades e ameaçar pessoas não é um protesto pacífico. ‘Isso é contra a lei. Pessoas têm o direito a protestar, mas não a criar caos’, reforçou. O mandatário vinha sendo pressionado por um posicionamento diante dos atos que tomaram conta de renomadas universidades dos EUA, incluindo Yale, Harvard e Columbia.
Manifestações nas Universidades dos EUA
Desde meados de abril, a onda de protestos tem sido intensa, mas Biden optou por não tomar partido, considerando um eleitorado judeu significativo e uma opinião pública favorável aos palestinos. Embora não tenha condenado totalmente os protestos, enfatizou que a ordem deve prevalecer e condenou o antissemitismo, afirmando que não há espaço para crimes de ódio nos campi.
Ação na Universidade da Califórnia
Em destaque nesta quinta-feira, a Universidade da Califórnia (UCLA) foi alvo de intervenção policial com bombas de gás lacrimogêneo e tiros de balas de borracha para dispersar os manifestantes. A ação resultou na prisão de centenas de pessoas que estavam acampadas no campus em Los Angeles. Os confrontos se intensificaram entre manifestantes pró-Palestina e estudantes judeus, levando ao cancelamento das aulas na quarta-feira.
Confrontos na Universidade de Columbia
Na noite de terça-feira, forças policiais agiram na Universidade de Columbia em Nova York, outro epicentro dos protestos. A polícia expulsou os estudantes que protestavam contra Israel, detendo os manifestantes que resistiram após ocuparem o Hamilton Hall. A operação contou com a entrada da polícia no campus, utilizando escadas para acesso às instalações, e resultando na detenção de manifestantes que se opuseram à ação.
Continuação das Manifestações
Mesmo após as ações policiais nos campi, as manifestações prosseguiram nas ruas, indicando a persistência e intensidade do movimento que vem ganhando força nos Estados Unidos. O cenário de tensionamento entre forças policiais e manifestantes demonstra a complexidade e a sensibilidade do tema, que promete continuar gerando debates e reflexões na sociedade.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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