Na última semana, Moema e Jardim Paulista, distritos da cidade de São Paulo, registraram mais de 300 casos por 100 mil habitantes, excedendo a métrica da OMS para epidemias. Incidência alta em pequenos distritos, com visitas frequentes à região, corredores apertados e vasos pendurados em casas geminadas, afectam idosos.
(FOLHAPRESS) – Todos os bairros da cidade do Rio de Janeiro já enfrentam uma epidemia de dengue, conforme o relatório epidemiológico da prefeitura divulgado neste sábado (5).
A situação da dengue na capital fluminense está crítica, com um cenário epidêmico preocupante. A prefeitura está implementando medidas emergenciais para lidar com esse outbreak, visando a proteção da população. A colaboração de todos é essencial para combater efetivamente essa epidemia e garantir a saúde coletiva.
Aumento da Incidência Epidêmica de Dengue em São Paulo
Até a última semana, somente Moema e Jardim Paulista, nas zonas sudeste e oeste da cidade, não apresentavam uma incidência superior a 300 casos por 100 mil habitantes, parâmetro definido pela OMS para identificar um surto epidêmico. O cenário mais recente mostra que, mesmo sendo considerados epidêmicos, os distritos de Moema (304,1), Jardim Paulista (329,0), Saúde (366,2), Vila Mariana (373,8) e República (395,5) têm as menores taxas de incidência da metrópole.
Nos extremos opostos, encontram-se Jaguara (10.598,1), São Miguel (7.039,2), São Domingos (4.569,6), Itaquera (4.561,4) e Guaianases (4.156,7), com números alarmantes de casos. A Vila Jaguara se destaca com uma incidência muito acima dos demais distritos, concentrando grande parte dos casos nos meses de janeiro e fevereiro.
De acordo com Luiz Artur Caldeira, da Covisa, o perfil da Vila Jaguara contribui para a explosão de casos, sendo um local com alta concentração de pessoas idosas, que apreciam plantas e mantêm diversos vasos tanto dentro quanto fora das residências. Durante as visitas à região, foi observado que muitas casas geminadas não possuem quintais, o que favorece a presença de recipientes com água parada, ambiente ideal para reprodução do mosquito transmissor da dengue.
A cidade de São Paulo registra uma incidência média de 1.832,7 casos por 100 mil habitantes, com um total de 220.029 casos notificados somente em 2024. Mesmo com a alta transmissão da doença, Caldeira aponta que os números se estabilizaram nas últimas semanas, indicando um possível platô.
Apesar do aumento contínuo de casos, o aumento semanal tem se mantido estável em torno de 30 a 35 mil novos casos. Essa estabilização sugere que a cidade pode estar atingindo um ponto de equilíbrio na transmissão da dengue, mas ainda não há indícios concretos de queda. A análise das semanas epidemiológicas mostra um padrão de duplicação nos casos novos em relação às semanas anteriores, característico de um período de ascensão da epidemia.
A situação em São Paulo destaca a importância de medidas preventivas e de controle da proliferação do mosquito Aedes aegypti, principalmente em áreas com altas taxas de incidência como a Vila Jaguara. A conscientização da população, especialmente dos grupos mais vulneráveis, é fundamental para combater essa grave epidemia de dengue que assola a cidade.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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