A recomendação prioritária do Ministério da Saúde prioriza a população de 6 a 16 anos em municípios com baixa adesão até 30 de abril.
O Ministério da Saúde divulgou hoje que as solicitações para redistribuição de vacinas para a Qdenga estão sendo avaliadas, visando ampliar a cobertura vacinal em regiões com estoques prestes a vencer. A medida tem como objetivo garantir que o imunizante chegue a um maior número de pessoas e evite o desperdício de doses.
Com a possibilidade de ampliar a faixa etária de aplicação da vacina Qdenga, a expectativa é fortalecer a proteção da população e conter a propagação da doença. A distribuição estratégica do imunizante em áreas de maior necessidade é fundamental para garantir a eficácia das campanhas de vacinação e proteger a saúde coletiva.
Vacina contra a dengue: Ampliação da faixa etária prioritária
Diante da baixa adesão à vacinação contra a dengue, o Ministério da Saúde reforça a recomendação prioritária de imunizar a população de 6 a 16 anos para as doses a vencer em 30 de abril. No entanto, caso a adesão permaneça abaixo do esperado, a ampliação da faixa etária pode contemplar também pessoas de 4 a 59 anos, seguindo os critérios de aprovação da Anvisa.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, comunicou por meio das redes sociais a decisão de ampliar temporariamente a faixa etária para as vacinas da dengue que estão próximas do vencimento em municípios em risco de perder o estoque. A medida, definida em reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), visa garantir a utilização do montante doado ao Brasil pela farmacêutica Takeda, fabricante do imunizante.
Garantia da segunda dose do imunizante
O Ministério da Saúde assegurou que todos os vacinados irão receber a segunda dose do imunizante, reiterando que essa estratégia se aplica exclusivamente às vacinas com validade até 30 de abril. As cidades que esgotarem esse lote seguirão com a recomendação anterior, direcionada às faixas etárias de 10 a 14 anos, conforme orientação de Eder Gatti, diretor do DPNI.
Situação da dengue em 2024 no Brasil
O país enfrenta um surto de dengue em 2024, registrando números alarmantes de casos e mortes. Até o momento, foram contabilizados 3.310.484 casos da doença, superando os registros de anos anteriores. O aumento expressivo de casos tem preocupado as autoridades de saúde, que alertam para a necessidade de ampliar a vacinação como medida de controle da epidemia.
No cenário atual, com 1.457 mortes confirmadas e 1.929 em investigação, a dengue se tornou uma prioridade para a saúde pública. O monitoramento constante das arboviroses pelo Ministério da Saúde revela a gravidade da situação e a urgência de ações efetivas para conter a propagação do vírus.
Projeções e perspectivas para o combate à dengue
Diante do cenário desafiador, as projeções apontam para um possível recorde de casos de dengue em 2024, com estimativas de até 4,2 milhões de casos em todo o país. Esses números reforçam a importância da vacinação como estratégia fundamental para reduzir a transmissão da doença e proteger a população, especialmente as crianças, que têm sido as principais vítimas da dengue grave.
Fonte: @ Veja Abril
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