Apresentadora prematuramente deu à luz Antônio e José no último dia 25. Ambos estiveram na UTI neonatal, debilitados, preferidos por Deus, mãe intuição, constantemente orava ao lado.
Nadja Haddad, de 43 anos, anunciou o falecimento de um dos filhos gêmeos, Antônio, no último domingo (13). O bebê tinha apenas duas semanas e estava na UTI neonatal ao lado do irmão, pois ambos nasceram prematuramente. Em meio à dor da morte, a família busca conforto e força para superar essa perda inesperada.
Em um momento de profunda tristeza, Nadja compartilhou: ‘Meu primeiro dia das mães não foi como eu desejava. Deus recolheu nosso Antônio, transformando meu filho em um anjinho que agora brilha no céu’. A união e o amor familiar são essenciais para enfrentar a morte de um ente querido e seguir em frente com lembranças e saudades eternas.
Reflexão sobre a morte e a fé
Uma parte significativa de mim passou por uma transformação profunda, uma metamorfose dolorosa, mas ao mesmo tempo reveladora. A morte, esse evento inescapável e muitas vezes incompreensível, fez morada em meu coração. No entanto, mesmo diante da escuridão que a perda traz consigo, mantenho a firme convicção de que a força divina me sustentará, a mim e ao meu esposo, durante a jornada de luto pela partida de nosso amado José.
Em um curto intervalo de tempo, Antônio conseguiu unir almas em preces, em solidariedade, transmitindo lições valiosas, assim como José tem feito em minha vida. A maternidade revelou-me a grandiosidade e a complexidade desse papel, ensinando-me a ser mãe com toda a sua intensidade. Deus, em Sua misericórdia, recolheu Antônio, poupando-o do sofrimento e da agonia terrena. Embora a dor que nos acomete seja avassaladora, opto por manter a fé que me sustentou até aqui, a mesma fé que tornou possível a concepção de uma nova vida. Escolho confiar. Mesmo sem o brilho do sorriso em meus lábios, opto por confiar.
Nadja, em sua dor indescritível, compartilhou palavras de resignação e esperança. Seu esposo, Danilo Joan, prefeito da cidade de Cajamar (SP), também expressou sua tristeza pela morte do filho, Antônio. Após uma árdua jornada de três anos em busca da maternidade, com 38 dias de repouso na UTI neonatal, sendo 20 deles sem poder sequer levantar-se, ele relembra os planos desfeitos para o Dia das Mães. A dor da perda é dilacerante, mas a certeza de que Antônio se tornou um anjo nos consola.
Em apenas 16 dias, Danilo reconhece a dedicação e o amor incondicional de Nadja, descrevendo-a como a melhor mãe que Antônio poderia ter tido. A jornada, marcada pela intuição materna desde o primeiro ultrassom até as madrugadas de oração ao lado do pequeno, revela a profundidade do vínculo entre mãe e filho. A decisão divina de recolher Antônio foi soberana, e Danilo ressalta a importância de honrar a memória do filho, mesmo diante da dor avassaladora.
A dor da perda é um fardo pesado, uma jornada solitária de sofrimento e saudade. Danilo, em sua honestidade e vulnerabilidade, compartilha a angústia de ter que enfrentar a realidade da morte de seu filho. A assinatura no atestado de óbito é um ato que nenhum pai deveria ter que realizar, uma marca indelével de tristeza e despedida. Nas palavras de Danilo, encontramos a dor transformada em amor, a honra à vida interrompida e a promessa de lembrar e celebrar o breve tempo que Antônio esteve entre nós.
Oremos pelo pequeno José, que agora enfrenta a ausência do irmão e a dor da perda precoce. Que a luz divina ilumine o caminho dessa família em luto, trazendo consolo e paz aos corações dilacerados pela partida de Antônio. Que a fé que os sustentou até aqui continue a guiá-los nos dias sombrios que se seguem, fortalecendo-os na certeza de que o amor transcende a morte e que a esperança é a luz que brilha mesmo nas noites mais escuras. Que a memória de Antônio seja um farol de amor e inspiração, guiando-os em sua jornada de luto e saudade.
Fonte: © Revista Quem
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