A quarta oferta do fundo elevou o patrimônio a R$ 400 milhões, com mais de 15 mil cotistas. Emissões robustas garantem crescimento constante.
O fundo de infraestrutura Sparta Infra CDI (CDII11) foi um sucesso de mercado, com a gestora fechando a operação com R$ 250 milhões, superando a expectativa inicial de R$ 200 milhões. A forte demanda por esse tipo de investimento mostra o interesse dos investidores em fundos de infraestrutura e a confiança no potencial de retorno desse mercado.
Ulisses Nehmi, CEO da Sparta, comemorou o resultado positivo da oferta do fundo de infraestrutura, demonstrando a satisfação da gestora diante do interesse dos investidores em fundos de investimento em infraestrutura. Ainda mais, a empresa planeja expandir suas operações nesse segmento, explorando as oportunidades de crescimento e desenvolvimento oferecidas pelos fundos de desenvolvimento.
Fundo de infraestrutura: demanda surpreendente
‘Não tínhamos mapeado uma demanda tão grande assim, foi uma surpresa’, diz ele. Com a participação de mais de 12 mil investidores, o rateio foi significativo: quem pediu R$ 100 mil levou pouco mais de R$ 28 mil. Na fase do direito de preferência, cerca de 30% dos antigos cotistas exerceram o direito, acima da média do mercado, que fica entre 10% e 15%.
A quarta oferta do fundo, criado no início do ano passado, eleva o patrimônio do fundo a R$ 400 milhões e o número de cotistas de pouco mais de 4 mil para mais de 15 mil. O CDII11 hoje negocia pouco mais de R$ 1 milhão por dia e agora, comenta Nehmi, esse volume deve dobrar.
O fundo investe em debêntures do segmento de infraestrutura indexadas ao CDI e está disponível para investidores em geral, com meta de retorno de 2% ao ano, acima do CDI. Atualmente, são mais de 70 ativos na carteira, número que, de acordo com o CEO da gestora, pode chegar a 90.
Oferta de fundo e crescimento do patrimônio
‘Não temos ativo marcado para investir mas estamos olhando oportunidades no primário e no secundário em busca de alocações eficientes.
Como é um fundo listado, ou seja, que não sofre resgates, temos mais liberdade para buscar vencimentos e condições fora do óbvio que gerem mais retorno.’ As restrições do Conselho Monetário Nacional, no início de fevereiro, às emissões de títulos bancários (LCI, LCA e LIG) e Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio (CRIs e CRAs) mudou o panorama para as debêntures incentivadas, já que a demanda subiu muito e reduziu os spreads, em média, em 0,5 ponto percentual ao ano.
A Sparta, nos fundos de condomínio aberto, fechou o Sparta Debêntures Incentivadas para novas aplicações em fevereiro, quando atingiu R$ 1 bilhão. Nos últimos 12 meses, o fundo rendeu CDI+9%. Continuam abertos o Sparta Debêntures Incentivadas Inflação, que tem perfil indexado à inflação, e o Sparta Debêntures Incentivadas Estratégico, que tem perfil prefixado.
Expansão do fundo e perspectivas positivas
Os dois somados estão com um ritmo de captação da ordem R$ 500 milhões por mês. ‘Temos visto um pipeline de emissões robusto no caso das incentivadas. Só neste mês de março, temos mapeada a emissão de mais de R$ 10 bilhões.
Também acreditamos que esse ano possa bater recorde e superar a marca de R$ 70 bilhões.’
Nehmi conta que a gestora tem conversado com fundos de pensão para criação de fundos de debêntures do setor de infraestrutura sob medida, tanto as incentivadas, quanto as novas que estão sendo criadas pelo governo e as comuns. ‘Temos vistos interesse dos fundos porque é um setor com receita previsível.
A infraestrutura é o tema do ano’, conclui. Conteúdo publicado no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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