TJ-SP recebeu recurso contra Assaí: absolveu João e Venâncio. Racismo estrutural acusado em cursos da empresa. Supermercado Denner e Augusto Cirineu implicados. Testemunhos e acusações da comunidade. Prestação de serviços do TJ-SP: desconheceu alegações de vítimas. (138 caracteres)
Via @portalg1 | O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) acolheu recurso e absolveu o segurança de um supermercado de Limeira (SP) que abordou um cliente negro, que tirou a roupa para provar que não tinha furtado o estabelecimento. O caso gerou grande repercussão e levantou debates sobre racismo institucional e racismo estrutural no Brasil.
A decisão do TJ-SP reforça a necessidade de combater o racismo em todas as suas formas, promovendo a conscientização e a educação para a igualdade racial. A luta contra a discriminação e o preconceito raciais deve ser constante em nossa sociedade, visando a construção de um ambiente mais justo e inclusivo para todos. É fundamental que casos como esse sirvam de alerta para a urgência de mudanças e a implementação de políticas eficazes de combate ao racismo.
Denúncia de Racismo no Supermercado Assaí
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) não aceitou mais recursos no caso de discriminação racial ocorrido no supermercado Assaí. A absolvição dos seguranças Denner Augusto Cirineu e João Venâncio de Paula Neto foi registrada em 4 de abril deste ano, mas apenas publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJE) nesta quinta-feira (9), com a informação de trânsito em julgado do processo.
Segundo a acusação, em 6 de abril de 2021, Denner e outro segurança abordaram um cliente devido à cor de sua pele, suspeitando que ele estivesse furtando produtos. O cliente, Luiz Carlos da Silva, foi constrangido a se despir no estabelecimento, mesmo sem provas de furto.
A situação vexatória foi presenciada por outros consumidores, que testemunharam a abordagem humilhante. A denúncia aponta que os seguranças agiram de forma contrária às orientações recebidas em cursos de formação e folhetos oferecidos pela empresa, caracterizando um caso de racismo estrutural.
Denner foi condenado à prestação de serviços à comunidade por discriminação racial em 17 de agosto de 2023. João Venâncio de Paula Neto também recebeu a mesma pena, mas aguarda o julgamento de seu recurso.
Em seu depoimento, João Venâncio admitiu o erro na abordagem, mas negou ser racista, alegando que apenas seguiu as ações de Denner. A defesa dos seguranças argumentou que não havia intenção de cometer um crime de racismo, apenas um erro de procedimento.
Apesar das alegações da defesa, a acusação de racismo estrutural permanece, destacando a importância de combater a discriminação racial em todas as instâncias da sociedade. A comunidade espera por uma prestação de serviços justa e igualitária, sem espaço para preconceitos e injustiças baseadas na cor da pele.
Fonte: © Direto News
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