Trágica ambiental e humanitária crise no Rio Grande do Sul e nova presidência da Petrobras: analisem efeitos futuros na política econômica, rumos da fiscal, revisão de metas de 2025 e equilíbrio, comanda da petroleira trocada.
A política fiscal tem sido um tema recorrente nas discussões do país, especialmente com a recente decisão do Copom em manter a Selic, com voto decisivo de Roberto Campos Neto. Esse movimento acabou por fortalecer a ala conservadora do colegiado, gerando debates acalorados sobre os rumos da economia.
Enquanto a política dominava as manchetes, questões relacionadas à administração e aos impactos econômicos ficaram em segundo plano. A troca no comando da Petrobras e a tragédia no Rio Grande do Sul evidenciaram a complexidade das relações entre fiscal e financeiro, mostrando a interdependência desses aspectos no cenário nacional.
Política Fiscal em Destaque
A política fiscal está de volta e deverá catalisar a atenção de analistas nos próximos dias até pelo ‘saldo’ desses eventos. A ata do Copom, enfática quanto à determinação do BC de conduzir as expectativas inflacionárias à meta, reafirmou a relevância de uma ‘política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida’ para a ancoragem das expectativas e sinalizou juro alto por mais tempo – portanto, com custos prolongados para o governo.
Impactos Ambientais e Humanitários
O socorro da União ao estado gaúcho levanta dúvidas sobre efeitos futuros nas contas públicas e a nova presidência da petroleira – alinhada ao desenvolvimentismo historicamente defendido pelo PT – coloca um ponto de interrogação sobre os rumos da política econômica, já que a atual não está entregando o crescimento e tampouco a popularidade almejada por Lula.
Desafios da Administração Pública
Nesse contexto, a arrecadação federal de tributos em abril e o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 2º bimestre, com apresentação prevista para a quarta-feira, 22 de maio, serão ponto alto na terceira semana de maio. Período repleto de dados de atividade de grandes economias e publicação da ata do Federal Reserve (Fed).
A arrecadação de tributos em abril, que vai dizer muito sobre as condições da economia brasileira, vem precedida de um resultado espetacular no primeiro trimestre: R$ 657,76 bilhões, aumento real de 8,4% sobre igual período de 2023. Estatística que confirmou o vigor da atividade, do mercado de trabalho e o resultado da taxação de fundos exclusivos, offshore e mudanças na tributação de incentivos concedidos por governos estaduais a empresas.
O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas atualizará as contas públicas e deverá mostrar a intenção da equipe econômica sobre 2024, consequências em 2025 e deve esclarecer algumas questões. A revisão das metas de 2025 em diante diminui a relevância dos balanços bimestrais? O equilíbrio fiscal é jogo jogado?
Ao NeoFeed, José Francisco de Lima Gonçalves, professor da FEA/USP e economista-chefe do banco Fator, observa que a mudança das metas a partir de 2025 diminui o peso da trajetória do resultado primário deste ano, mas não liquida o assunto. ‘A avaliação da receita, principalmente o que é recorrente, ajuda a entender o que pode acontecer adiante. O mesmo vale para despesas, já revistas para cima e objeto de incertezas relevantes’, explica. Déficits projetados no ‘freezer’ A avaliação do primeiro bimestre, divulgada em 22 de março, projetou déficit primário deste ano em R$ 9,3 bilhões que deve ser revisto. Mas é improvável que uma reestimativa ultrapasse R$ 28,8 bilhões – montante permitido em 2024 pelo arcabouço fiscal sem comprometer a meta de equilíbrio. Na concepção, a âncora fiscal comporta margem de tolerância de até 0,25% do PIB para mais ou para menos entre receitas e despesas. Os R$ 28,8 bilhões de déficit possível correspondem à utilização eventual desse espaço que tem como objetivo acomodar eventos inesperados. Tema a ser esclarecido em detalhes pela Secretaria de.
Fonte: @ NEO FEED
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