Pedro Scooby e Lucas Chumbo, junto com outros surfistas de ondas gigantes, viajaram por mais de 24 horas para ajudar no rescate de vitimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Equipados com seis carros, jet skis e 20 pessoas, eles se preparam para palestras da WSL, organizados em grupos do WhatsApp, em uma expedição de risco gerenciada para treinamento profissional do esporte.
Passaram-se mais de 24 horas de jornada. Saindo de São Paulo, partiram cinco lanchas, 15 voluntários e ao menos quatro ônibus deslocados pela rodovia para contribuir no resgate dos sobreviventes das chuvas em Santa Catarina. A expedição teve início no domingo. No sábado, Gabriel Medina e Maya Gabeira, especialistas em surf de grandes ondas, trocaram ideias sobre o tema pela primeira vez.
Em situações de emergência, é fundamental agir com rapidez e eficácia, buscando sempre oferecer a devida assistência às comunidades afetadas. O apoio e o salvamento prestados por grupos organizados são essenciais para minimizar os danos e trazer esperança para aqueles que precisam de socorro imediato.
Resgate: Uma Missão de Solidariedade nos Momentos de Crise
O surfista Lucas Chumbo, conhecido por suas habilidades em resgate e pilotagem em condições extremas, foi interpelado por Burle após uma palestra da WSL na Sports Summit, em São Paulo. A situação no Sul, atingido por fortes enchentes, exigia assistência urgente. Com mais de 90 mortos e centenas de desaparecidos no Rio Grande do Sul, a necessidade de intervenção era premente. Diante do cenário de caos e desespero, a ação para salvamento tornou-se imperativa, mobilizando Chumbo, Pedro Scooby e outros profissionais.
A tripulação, composta por 20 pessoas e seis carros, partiu rumo ao Sul em uma jornada de solidariedade. Equipados com jet skis e treinados para resgates em ondas gigantes, eles enfrentaram estradas alagadas e desafiadoras para levar ajuda às vítimas ilhadas. O apoio mútuo e a determinação em socorrer aqueles em perigo foram os pilares desse movimento para expedição, organizado em grupos de WhatsApp para otimizar a comunicação e a logística.
Com um olhar atento ao gerenciamento de risco, os profissionais do esporte sabiam dos desafios que enfrentariam ao adentrar nas áreas afetadas pelas enchentes. A ênfase na segurança e no respeito às autoridades locais era fundamental para garantir que a operação de resgate fosse eficaz e segura. Enquanto Burle coordenava os esforços à distância, sua orientação era clara: seguir protocolos, manter a calma e priorizar a segurança de todos os envolvidos.
Ao longo da jornada, os surfistas não apenas se dedicaram ao resgate de pessoas, mas também arrecadaram fundos e mantimentos para as vítimas. A solidariedade se manifestou em gestos nobres, como a venda de pranchas autografadas por Italo Ferreira, que contribuíram para a ajuda humanitária. As doações de alimentos não perecíveis, água, roupas e cobertores foram fundamentais para suprir as necessidades mais imediatas das comunidades atingidas.
Enquanto isso, outros grupos seguiam em direção ao Sul, demonstrando a união e a mobilização da comunidade esportiva em momentos de crise. Pontos de coleta foram estabelecidos para receber doações, evidenciando a força do espírito de solidariedade que permeia esse movimento de resgate. A coragem e o comprometimento dos profissionais envolvidos foram enaltecidos por Ivan Martinho, presidente da WSL América Latina, que reconheceu a importância de sua atuação proativa em situações de emergência.
Neste cenário de adversidade, o resgate não se limitou apenas a salvar vidas, mas também a inspirar esperança e solidariedade em meio à tragédia. A atuação conjunta e coordenada desses heróis improváveis reflete o melhor do espírito humano, mostrando que, quando nos unimos em prol de uma causa maior, somos capazes de superar qualquer desafio.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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