Jovens resistem a retorno presencial, fazendo startups procurarem colaboradores de 40+, mudanças em ambiente de trabalho: retorno híbrido, inflexíveis, voltam às áreas de empresas dinâmicas.
Propaganda Mesmo com a rápida adaptação ao modelo 100% remoto imposto pela pandemia, é cada vez mais comum situações de organizações implementando formatos híbridos com seus profissionais para fortalecer a cultura e a relevância da colaboração.
Apesar da mudança para o trabalho remoto, as empresas estão reconhecendo a importância de manter conexões pessoais entre os colaboradores para promover a inovação e a sinergia no ambiente de trabalho.
Profissionais mais experientes são mais flexíveis no retorno ao presencial
Apesar disso, ao longo deste processo de retorno ao presencial, as lideranças de Recursos Humanos têm identificado resistências – o que vem gerando o afastamento da Geração Z e levando à contratação de talentos mais maduros. A maioria dos trabalhadores (69%) que atuam a distância estão satisfeitos com o ambiente de trabalho, 61% preferem o modelo híbrido e 51% o presencial, de acordo com pesquisa divulgada, neste ano, pela plataforma Flash, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Grupo Talenses.
Profissionais mais experientes têm maior aceitação para o retorno presencial
Victor Fazzio, sócio-sênior do Grupo Hub, destaca que, em situações extremas, os colaboradores optam pelo desligamento ao invés de retornar ao modelo híbrido ou presencial. Ele explica que os jovens estão se mostrando mais inflexíveis em voltarem aos escritórios. Por outro lado, desde 2023, as empresas têm solicitado com mais frequência o modelo híbrido em todas as áreas, incluindo tecnologia. Ele confirma que o mercado busca profissionais que estejam dispostos a trabalhar presencialmente três vezes por semana.
Profissionais mais experientes são essenciais no cenário de mudanças
Esse baixo engajamento da Geração Z no retorno aos escritórios está abrindo portas para trabalhadores mais experientes. Na Freto, os colaboradores entre 40 e 56 anos representam cerca de 20% do total de funcionários. Esse grupo tem mostrado mais flexibilidade na retomada das atividades presenciais e a empresa já planeja ampliar a faixa etária de contratação.
A empresa tem lidado com essa resistência desde que decidiu voltar ao presencial, em março deste ano. Com cerca de 100 colaboradores, a transportadora digital estabeleceu a frequência presencial de três a quatro vezes por semana. Fabiana Pauli, diretora de Pessoas do Freto, explica que a ideia é promover a interação entre as áreas, o que contribui para a diversidade de gerações.
Profissionais mais experientes são valorizados em meio a mudanças no ambiente de trabalho
Estamos falando de um perfil que está se beneficiando de oportunidades que não estão sendo consideradas pelos jovens. Mais do que nunca, precisamos refletir que, embora estejamos lidando com uma certa resistência por parte desses talentos, contamos com ótimos talentos Baby Boomers e Geração Y, que estão desempenhando um trabalho vital nos mais diversos segmentos, comenta a executiva. Conflito geracionalComo explica Fazzio, a inflexibilidade – que vem sendo notada com mais frequência na Geração Z e nos Millenials –, faz com que as empresas olhem para perfis 40+ com outros olhos. O especialista pontua que as gerações mais antigas possuem uma maior aceitação para voltarem ao presencial, inclusive, abrindo mão do home office possivelmente devido a diferentes prioridades e costumes ou resistência menor às mudanças no ambiente de trabalho. Fazzio percebe uma maior abertura para as empresas avaliarem profissionais mais maduros para posições que antes seriam ocupadas pelos mais jovens. Mesmo as startups, que por anos fomentaram a inovação por meio de equipes.
Fonte: @ Mundo do Marketing
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