Maria de Fátima Santos Gomes é a primeira mulher promovida a desembargadora nesta quinta-feira, com base na resolução do CNJ, em meio a um tempo de transformações. Agradeceu pela conquista.
Ao assumir o cargo de desembargadora nesta quinta-feira (11/4), a mulher Maria de Fátima dos Santos Gomes fez história como a primeira mulher a ser promovida com base na Resolução 525/23 do Conselho Nacional de Justiça. A posse de Maria de Fátima dos Santos Gomes como desembargadora do TJ-SP marca um marco importante na trajetória das mulheres na magistratura.
Em seu discurso emocionante, a nova desembargadora destacou a importância da representatividade feminina nos tribunais e a força do trabalho das mulheres na área jurídica. Seu exemplo inspirador evidencia a dedicação e competência do feminino na busca por igualdade e reconhecimento. Maria de Fátima dos Santos Gomes é um modelo a ser seguido por todas as mulheres que buscam alcançar seus objetivos profissionais.
Desembargadora em destaque nesta quinta-feira
Expressando sua gratidão, a desembargadora promovida com base em resolução do Conselho Nacional de Justiça enfatizou a importância desta conquista histórica. ‘Estou profundamente honrada por essa posse. Ela simboliza uma vitória não apenas para mim, mas também para a Justiça, o Poder Judiciário e este Tribunal em que atuo’, afirmou. Destacando o momento de transformações pelos quais passamos, ela ressaltou que o tribunal, o maior do país, reassumiu seu papel de liderança.
Promovida com base em critérios meritocráticos e de gênero
‘Agradeço imensamente ao nosso presidente por sua coragem e determinação em liderar essa mudança, reafirmando sempre que este tribunal é formado e guiado por pessoas com o propósito de servir às pessoas’, continuou a desembargadora. Ela também fez questão de agradecer aos membros do Órgão Especial que apoiaram o presidente nessa jornada, bem como a todas as mulheres que contribuíram para essa importante conquista feminina.
Resolução do CNJ e resistência superada
O presidente do tribunal, desembargador Torres Garcia, também se pronunciou durante a posse, enfatizando a satisfação em cumprir a resolução do Conselho Nacional de Justiça. Ele ressaltou a importância de garantir a igualdade de oportunidades na promoção, destacando o sistema de promoção do tribunal como o melhor do país.
A determinação do CNJ, que estabeleceu a necessidade de alternância de listas nas promoções por merecimento, foi recebida com resistência por parte de alguns magistrados. No entanto, o tribunal de Justiça de São Paulo foi pioneiro em atender à determinação, mesmo diante da oposição de alguns de seus membros. Após um processo contencioso, que incluiu um mandado de segurança impetrado por um grupo de magistrados, a polêmica foi encerrada com a decisão do relator do caso, desembargador Campos Mello, que extinguiu o mandado de segurança.
Fonte: © Conjur
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