Bloomin’ Brands reportou prejuízo no 1º trimestre, atribuiu 4% da queda de receita à operação brasileira, e discutirá isenções fiscais, valor agregado em 2023, explorará opções estratégicas sobre prejuízo líquido global, novas fusões e aquisições no setor de restaurantes brasileiro, Mubadala e Capitals mira em franquias internacionais de alimentação no Brasil. (145 caracteres)
A empresa responsável pela gestão do Outback no Brasil, a renomada Bloomin’ Brands, divulgou recentemente que está considerando uma ‘possível saída’ de suas operações no país.
A saída da Bloomin’ Brands do mercado brasileiro pode impactar significativamente o setor de restaurantes no país, levando a mudanças no cenário gastronômico local. A saída da empresa também pode abrir espaço para novos players no mercado e redefinir a competição no segmento de restaurantes temáticos.
Explorando alternativas estratégicas para saída, da Bloomin’ Brands, no Brasil.
Ao apresentar os resultados do primeiro trimestre deste ano, a empresa revelou que está analisando e considerando diferentes opções para as operações de seu principal negócio fora dos Estados Unidos. As operações globais da empresa sofreram um prejuízo líquido de US$ 83,8 milhões (cerca de R$ 425 milhões) no primeiro trimestre, revertendo um lucro de US$ 91,3 milhões em relação ao ano anterior. A receita totalizou US$ 1,2 bilhão (ou R$ 6 bilhões), registrando uma queda de 4% no período.
Entre os fatores que contribuíram para essa diminuição, a empresa apontou o impacto das isenções de imposto sobre valor agregado no Brasil em 2023. A operação brasileira da marca, presente no país desde 1997, representa uma parcela significativa, correspondendo a 83% do faturamento global, conforme reportado pelo jornal ‘Washington Post’ – um peso considerável para o desempenho do grupo.
No Brasil, as vendas comparáveis do Outback tiveram uma ligeira redução de 0,7% no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior. A empresa mantém 159 restaurantes Outback no país, sendo que quatro deles foram inaugurados em 2023. No entanto, nem a abertura de novas unidades conseguiu impulsionar a receita no ano passado. Além dos restaurantes Outback, a rede também opera 37 unidades de Abbraccio e Aussie Grill no país.
O Bradesco BBI analisa que a possível saída dos acionistas controladores pode resultar em novas fusões e aquisições no setor de restaurantes brasileiro. O banco identifica dois potenciais compradores para a rede australiana. A Alsea, com marcas de restaurantes no México, e a Zamp, proprietária do Burger King no Brasil, são citadas como possíveis interessadas, com sinergias em logística e compras.
Recentemente, a Mubadala Capital expressou interesse em franquias internacionais de alimentação com dificuldades para obter lucro no Brasil. A empresa, parte do fundo soberano de Abu Dhabi, assumiu o controle da Zamp. A Bloomin’ Brands é uma das maiores redes de restaurantes casuais do mundo, com 1.450 unidades em 13 países, incluindo franquias. Além do Outback Steakhouse, a empresa opera o Carrabba’s Italian Grill, Bonefish Grill e Fleming’s Prime Steakhouse & Wine Bar.
A empresa ainda não estabeleceu um cronograma definitivo para a conclusão do possível processo de venda do Outback no Brasil. De acordo com o jornal Valor Econômico, o grupo considera a possibilidade de sair do país desde 2022.
Fonte: @ Info Money
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