Desembargador Ivo de Almeida, presidente da 1ª Câmara de Direito Criminal do TJSP, afastado por um ano, alvo de operação da PF por venda de sentenças.
O desembargador Ivo de Almeida, que lidera a 1ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi alvo, na quinta-feira (20/6), de uma ação da Polícia Federal que apura possível venda de decisões judiciais envolvendo casos criminais.
Na investigação, as autoridades buscam evidências que possam comprovar a participação do magistrado em esquemas ilícitos. A conduta do juiz está sendo analisada minuciosamente para garantir a lisura e a transparência no sistema judiciário.
Desembargador Ivo de Almeida: Afastado por um ano
O magistrado, conhecido por sua trajetória na magistratura desde 1987, foi afastado por um ano de suas funções por determinação do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça. Desembargador do TJ-SP, Ivo de Almeida é muito respeitado pela advocacia paulista. Em uma revista eletrônica Consultor Jurídico, o advogado Eduardo Carnelós exaltou o histórico do julgador.
Manifestando minha perplexidade com as medidas decretadas contra ele, destaco que o desembargador sempre se mostrou um magistrado íntegro, que nunca se desviou do ordenamento jurídico nem da ética. Sua postura como juiz, sua coerência ao julgar e seu conhecido humanismo são reconhecidos por todos. Como afirmou Arnaldo Malheiros Filho, juiz assim não tem mercadoria para vender.
O advogado lamentou o sofrimento imposto a um homem de bem e espera que a injustiça seja reparada brevemente. O criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira também defendeu o desembargador, ressaltando sua postura equidistante das partes. Alberto Zacharias Toron, outro renomado criminalista, destacou a idoneidade do magistrado, afirmando que sempre o considerou competente e honesto.
O que se sabe até aqui é que o ministro Og Fernandes autorizou uma operação da Polícia Federal que incluiu buscas na residência e no gabinete do desembargador, além de endereços ligados a advogados da região. O desembargador está afastado e proibido de manter contato com os outros investigados. Três dos investigados estão relacionados a processos julgados por Ivo de Almeida em 2019, envolvendo condenações por roubo e estelionato. As investigações continuam para esclarecer os fatos.
Fonte: © Conjur
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