Cerca de 20% de discrepância nas chamadas: empregadores contatavam candidatos brancos fictícios 9,5% mais do que os negros fictícios.
No âmbito corporativo, a discriminação infelizmente ainda é uma realidade que precisa ser abordada e combatida de forma contínua. Um estudo recente revelou que, mesmo com qualificações idênticas, candidatos eram avaliados de maneira distinta com base em características pessoais como gênero, raça e idade. Esse tipo de discriminação vai contra os princípios de equidade e meritocracia que deveriam reger o mercado de trabalho.
O combate ao preconceito e à disparidade na seleção de candidatos é essencial para garantir um ambiente mais justo e inclusivo em todas as esferas da sociedade. Medidas concretas precisam ser adotadas para combater o desfavorecimento de indivíduos que são vítimas de discriminação. A conscientização e a educação são fundamentais para promover a igualdade de oportunidades e combater qualquer forma de exclusão.
Discriminação e Disparidade no Emprego: Um Estudo Revela Achados Preocupantes
Um estudo recente revelou que em média os empregadores contatam candidatos brancos fictícios com uma frequência 9,5% maior do que os candidatos negros fictícios. No entanto, essa disparidade não foi uniforme, variando significativamente entre empresas e setores. Cerca de 20% das empresas investigadas, muitas delas varejistas de automóveis, foram responsáveis por quase metade da discrepância nas chamadas de retorno entre candidatos brancos e negros.
A discrepância nas chamadas foi particularmente evidente em empresas como a AutoNation, uma varejista de carros usados, que contatou supostos candidatos brancos com uma frequência 43% maior do que os candidatos negros fictícios. Outra empresa, a Genuine Parts Co., que comercializa peças de automóveis, incluindo sob a marca NAPA, também mostrou um viés significativamente maior a favor dos candidatos brancos, com uma diferença de 33%.
Em comunicado, a porta-voz da Genuine Parts, Heather Ross, afirmou que estão comprometidos em promover a inclusão e remover barreiras. No entanto, a AutoNation não se manifestou sobre o assunto. O estudo, conhecido como uma auditoria, foi o maior desse tipo já realizado nos EUA, com 80 mil currículos enviados para 10 mil vagas de emprego entre 2019 e 2021.
Os resultados ressaltam quão profundamente enraizada está a discriminação no emprego em certos setores do mercado de trabalho nos EUA. O professor Daiquiri Steele, da Faculdade de Direito da Universidade do Alabama, comentou que não ficou surpreso com os achados, destacando o impacto negativo que a discriminação tem nos salários e na economia das comunidades.
Algumas empresas, no entanto, demonstraram práticas de recursos humanos mais inclusivas, reduzindo as disparidades no tratamento entre candidatos presumidos como brancos ou negros. Essas empresas oferecem orientações específicas sobre como evitar decisões preconceituosas durante o processo de contratação.
Setores como lojas de alimentos, empresas de produtos alimentícios, empresas de frete e transporte e empresas de atacado mostraram uma menor incidência de preconceito racial. Patrick Kline, economista da Universidade da Califórnia, ressaltou a importância de reconhecer os problemas de discriminação e sexismo, mas também destacou que é possível melhorar e aprender com aqueles que estão fazendo um bom trabalho.
Fonte: @ Info Money
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