Mulher de 25 anos presa por tráfico de drogas durante a Operação Verão da Polícia Civil. Maior facção criminosa envolvida, Secretaria de Segurança Pública acompanha o caso.
Apreendida mais de uma tonelada de cocaína em uma operação da Polícia Civil contra o tráfico de drogas no litoral de São Paulo, a ação faz parte do combate ao crime organizado na região, que tem sido alvo de intensa atividade criminosa.
A grande quantidade de entorpecentes encontrada evidencia a atuação do tráfico de drogas na região, mostrando a necessidade contínua de combate a este tipo de crime, que traz prejuízos socioeconômicos e de segurança pública para a população.
Polícia Civil apreende mais de 1 tonelada de Cocaína em Guarujá
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado, investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) chegaram a uma casa do Jardim Progresso, em Guarujá, onde encontraram pouco mais de 1,2 tonelada de cocaína embalada e separada em 1,3 mil tijolos.
Uma mulher de 25 anos que estava no local foi presa e autuada por tráfico de drogas e associação ao tráfico. O imóvel era utilizado como depósito estratégico para viabilizar o transporte das drogas por meio dos canais até o Porto de Santos, onde seria embarcado em navios.
O Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa do continente, tem escondido um volume crescente de cocaína em cascos de navios para evitar a fiscalização das autoridades. Os portos são as principais rotas para a saída do entorpecente rumo à África e Europa.
No último ano, a Marinha apreendeu 1,68 tonelada de cocaína em cascos de navios no Porto de Santos, mais do que o triplo do que foi interceptado em 2020. O tráfico submarino tem se intensificado, representando 13,5% da droga apreendida somente até agosto de 2023, de acordo com dados da Alfândega de Santos e do Núcleo de Estudos da Violência da USP.
A cocaína apreendida pode chegar a valer de 80 a 90 mil dólares por quilo nos mercados europeu e asiático, totalizando um possível lucro de meio bilhão de reais para o crime organizado. A Operação Verão segue atuando no combate a essa rede criminosa na região, como ressaltou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
Críticas à operação motivadas por letalidade
A Ouvidoria de Polícia de São Paulo e a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, juntamente com movimentos sociais, solicitaram o fim imediato da Operação Escudo/Verão, além de reparação financeira coletiva por supostas violações de direitos humanos cometidas pela PM na Baixada Santista.
O número de mortes causadas por agentes das polícias Militar e Civil dobrou no início deste ano em São Paulo, chegando a 147 registros em janeiro e fevereiro. Esse é o maior patamar desde 2020, de acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado reunidos pelo Instituto Sou da Paz.
A SSP defende que as forças de segurança operam de forma legalista, dentro de seu dever constitucional e seguindo protocolos operacionais rigorosos. Excessos não são tolerados e a atuação visa combater o crime organizado e garantir a segurança da população.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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