Operação policial cumpre 55 mandados de busca e apreensão nos estados do Maranhão, Pará e Rio de Janeiro.
A Polícia Federal iniciou, hoje, a Operação 18 Minutos, para investigar a atuação de uma organização criminosa suspeita de praticar crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no TJ/MA. Durante a ação, os policiais federais estão cumprindo 55 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo STJ, nos estados do Maranhão, Pará e Rio de Janeiro.
A Operação 18 Minutos visa desmantelar as atividades ilegais da organização criminosa, com foco na atuação criminosa de corrupção e lavagem de dinheiro. A ação policial tem como objetivo coletar provas para embasar as investigações em andamento.
Operação ’18 Minutos’ investiga desembargadores e juízes
Também são realizadas outras medidas cautelares, como a suspensão de funções públicas, bloqueio e congelamento de ativos e vigilância eletrônica. A investigação foca em quatro desembargadores e dois juízes, suspeitos de manipular decisões judiciais para desviar recursos, por exemplo, do Banco do Nordeste. A atuação da PF visa apurar indícios de corrupção e lavagem de dinheiro no Tribunal de Justiça do Maranhão. A ação recebeu o nome de ’18 Minutos’ em alusão ao curto intervalo entre a sentença judicial, a emissão do alvará e a retirada dos valores. Segundo as apurações, a organização criminosa é acusada de intervir em processos do Tribunal visando obter benefícios financeiros.
Colaboração do Tribunal com a Operação 18 Minutos
O TJMA emitiu comunicado afirmando que coopera com a ‘Operação 18 Minutos’, conduzida pela Polícia Federal, em cumprimento a ordens do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na manhã de quarta-feira (14/08), em algumas unidades do prédio principal do TJMA e do Fórum de São Luís. Com base nos princípios de transparência e governança, o TJMA acata as determinações do STJ, que emitiu mandados de busca e apreensão para a realização da operação pela PF. Por sua vez, o Banco do Nordeste declarou ter se manifestado junto ao CNJ e à corregedoria do Tribunal devido a ‘decisões arbitrárias repetidas contra a instituição’. O BNB está totalmente à disposição das autoridades policiais e judiciais para colaborar com as investigações em andamento, como vítima, e mantém seu compromisso com a transparência e legalidade em todas as suas transações.
Fonte: © Migalhas
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