Agência de risco alterou avaliação brasileira de estável para positiva. Consolidação fiscal, estabilização dívida, melhora receitas. Arcabouço mecanismo atual. (138 caracteres)
O foco tem sido bastante direcionado para os dados concretos, no entanto, em termos de rating (nota) de crédito, a consolidação fiscal e a subsequente estabilização da dívida nos próximos anos são cruciais, conforme Samar Maziad, vice-presidente e analista sênior de riscos soberanos na Moody’s, ao comentar a mudança na perspectiva do rating de crédito ‘Ba2’ do Brasil de estável para positiva.
Além disso, a nota de crédito do país pode ser impactada positivamente pela implementação de políticas econômicas mais sólidas e sustentáveis no longo prazo. Portanto, é fundamental que o governo continue avançando na direção de melhorias estruturais para fortalecer seu rating de crédito e garantir uma posição mais sólida no mercado financeiro internacional no futuro.
Esforços para Melhora do Rating de Crédito Brasileiro
Os esforços para impulsionar uma melhora no rating de crédito brasileiro têm sido destacados como um dos condutores para a mudança na perspectiva, juntamente com a melhoria na atividade econômica local. No entanto, a credibilidade do arcabouço fiscal ainda precisa ser consolidada, razão pela qual não houve um aumento direto no rating brasileiro. A análise enfatiza que o mecanismo de credibilidade ainda depende principalmente das receitas, sem enfatizar tanto os gastos, mas observa-se esforços consistentes e graduais para estabilização do quadro atual.
Ao avaliar o perfil de crédito de um país como o Brasil, diversos fatores entram em consideração, incluindo as incertezas fiscais, que continuam sendo uma fragilidade. Contudo, é ressaltado que essas questões já estão precificadas no rating atual. O déficit do ano anterior, especialmente com os gastos em precatórios incluídos, surpreendeu por sua magnitude, assim como a mudança na meta para 2025, gerando repercussões.
A expectativa, de acordo com Maziad, é de um processo gradual para redução do déficit, considerando que nem o mercado nem a agência de rating esperavam que o governo fosse capaz de atingir um equilíbrio nas contas públicas este ano. A perspectiva é de que o governo consiga melhorar o resultado fiscal em relação a 2023 e mantenha essa trajetória positiva no futuro, o que pode impactar positivamente o rating de crédito no médio prazo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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