De adolescente egoísta a amor filial intenso – trilhei um difícil caminho inspirado no filme “No Ritmo”, com aulas de música, sonhos de faculdade e uma cena emocionante com meu pai com deficiência.
Há alguns dias, assisti ao filme ‘No Compasso do Coração’ que narra a história de uma família com um pai-com-deficiência. Todos colaboram em conjunto e a filha mais velha, a única que enxerga, desempenha o papel de ‘tradutora’ do mundo para os pais e o irmão e vice-versa. Quando ela se aproxima da idade de ingressar na faculdade, ela se depara com uma nova paixão: a dança.
No desenrolar da trama, a jovem se depara com desafios e preconceitos por ser filha de um pai com-limitação. Mesmo assim, ela persiste e encontra na dança uma forma de se expressar e superar as barreiras impostas pela sociedade. A história emocionante mostra a força e o amor que une essa família, destacando a importância da inclusão e da aceitação das diferenças.
Uma história de amor e superação
Ela inicia suas aulas com o professor da escola, mergulhando em sua paixão pela música. No entanto, chega o momento crucial em que ela se vê diante da decisão: seguir seu sonho de cursar a faculdade de música ou permanecer ao lado dos pais. O filme ‘No Ritmo‘ retrata uma jornada emocionante, especialmente para quem é filho de um pai com deficiência. A protagonista se depara com desafios e momentos tocantes que ecoam a realidade de muitos. Uma cena marcante é quando o pai, deficiente visual, pede para ela cantar, e ele busca sentir a vibração da voz colocando as mãos em sua garganta. Mesmo sem poder ouvir, ele encontra uma forma única de se conectar com a paixão da filha pela música. A emoção transborda nesse momento, levando à reflexão sobre a importância do amor e da compreensão. A protagonista compartilha suas experiências e sentimentos, revelando a dor e a superação de lidar com as limitações do pai. A narrativa ressalta a necessidade de aceitação e de valorizar a essência além das barreiras físicas. A relação entre pai e filha se fortalece na busca por formas de comunicação e proximidade. Momentos singulares, como o pai pedindo para sentir o comprimento do cabelo da filha ou descrevendo detalhes que não pode ver, ilustram a cumplicidade e o afeto presentes na convivência. A deficiência não define a relação, mas sim a conexão baseada no amor e na vontade de compartilhar a vida. A filha aprende valiosas lições ao lado do pai, descobrindo a importância de estar presente e de valorizar cada instante compartilhado. A história revela que a deficiência não é um obstáculo intransponível, mas sim uma oportunidade de fortalecer os laços familiares e de enxergar a vida com novos olhos. A superação, o amor e a compreensão são os pilares que sustentam a jornada de pai e filha, inspirando a todos a valorizarem as pequenas grandes conquistas do dia a dia.
Fonte: @ CNN Brasil
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