Novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia para prevenir morte súbita em atletas incluem medição e verificação da pressão alta.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publicou recentemente diretrizes atualizadas para monitoramento da pressão arterial em ambientes clínicos e domiciliares. É fundamental destacar que a avaliação realizada pelo profissional de saúde nas consultas não deve ser utilizada como único critério para determinar a presença de hipertensão, já que variações temporárias podem mascarar níveis elevados de pressão arterial.
Entender as variações da pressão sanguínea ao longo do dia pode contribuir significativamente para um diagnóstico preciso. Além disso, a medição da pressão dos vasos sanguíneos em diferentes situações é essencial para um acompanhamento adequado da saúde cardiovascular. Manter um registro regular dos níveis de pressão arterial em casa pode fornecer um panorama mais abrangente da saúde vascular.
Novas Recomendações para Medição da Pressão Arterial
No contexto da medição da pressão arterial, é essencial considerar os níveis alcançados em casa através de exames específicos, como a monitorização ambulatorial da pressão sanguínea (Mapa) e a monitorização residencial da pressão dos vasos (MRPA). Essas medidas são fundamentais para atualizar os parâmetros utilizados por cardiologistas, conforme as Diretrizes Brasileiras de Medidas da Pressão Arterial.
O desenvolvimento dessas diretrizes contou com a expertise de 67 especialistas, os quais compartilharão essas informações com os médicos durante o 1° Encontro de Departamentos da Cardiologia, realizado em São Paulo. A verificação da pressão sanguínea em ambiente domiciliar é crucial, pois muitos pacientes apresentam pressão alta durante consultas devido à pressão dos vasos do avental branco ou experienciam o fenômeno da hipertensão mascarada.
De acordo com o cardiologista Audes Feitosa, coordenador-geral da diretriz, a medição da pressão arterial fora do consultório é essencial para uma avaliação mais precisa da saúde cardiovascular. Para tanto, exames como a Automedida da Pressão Arterial (Ampa), a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial e a Monitorização Residencial da Pressão Arterial desempenham um papel crucial na detecção de possíveis variações nos níveis de pressão arterial ao longo do tempo.
A preocupação com a pressão dos vasos sanguíneos é justificada pelo crescimento global da hipertensão, que é um fator de risco significativo para morbidade e mortalidade. No Brasil, aproximadamente 24% da população apresenta pressão alta, com maior incidência entre mulheres e indivíduos acima de 65 anos. Surpreendentemente, a condição afeta também cerca de 10% das crianças e adolescentes brasileiros, destacando a importância da detecção precoce e gerenciamento adequado da pressão arterial.
Verificação Feita pelo Médico
Durante as consultas, os cardiologistas continuarão realizando aferições precisas da pressão arterial, monitorando os níveis sistólicos e diastólicos. A revisão das medidas adequadas para pacientes adultos fornece critérios claros para identificar estágios de pressão arterial elevada, considerando fatores como gênero, faixa etária e classe social.
Por exemplo, uma pessoa é diagnosticada com pressão alta se apresentar leituras iguais ou superiores a 140 mmHg para pressão arterial sistólica e acima de 90 mmHg para pressão arterial diastólica. Esses valores permitem classificar a hipertensão nos estágios 1, 2 ou 3, indicando a gravidade da condição.
Ao integrar as informações obtidas em consultas médicas com as medições realizadas em casa, é possível obter uma visão mais abrangente da saúde cardiovascular de um indivíduo. Estabelecer parâmetros precisos, como os especificados para diferentes tipos de monitorização da pressão arterial, permite um acompanhamento mais eficaz e personalizado para pacientes com pressão alta, minimizando os riscos de complicações cardiovasculares.
Exames Específicos Considerados nas Diretrizes
É crucial destacar a importância dos exames específicos na avaliação da pressão arterial e na identificação de possíveis condições de saúde subjacentes. A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (Mapa), com suas múltiplas medições ao longo do dia, e a Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA), que permite o acompanhamento regular em casa, desempenham um papel essencial no gerenciamento da pressão arterial elevada.
Além disso, a Automedida da Pressão Arterial (Ampa) é outra ferramenta valiosa a ser considerada no monitoramento da pressão arterial em diferentes ambientes e situações cotidianas. Ao integrar esses exames específicos às práticas clínicas, os profissionais de saúde podem obter uma compreensão mais abrangente da pressão arterial de seus pacientes e, assim, personalizar estratégias de tratamento e prevenção de complicações associadas à hipertensão.
Ao seguir as diretrizes atualizadas e empregar métodos precisos de medição da pressão arterial, os profissionais de saúde estarão mais bem preparados para lidar com os desafios crescentes relacionados à hipertensão e sua impactante influência na saúde cardiovascular da população.
Fonte: @ Veja Abril
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