Nadadores chineses, campeões olímpicos, testaram positivo antes dos Jogos, mas não foram punidos por casos de doping.
Diversos nadadores chineses de destaque, dentre eles vários medalhistas olímpicos nos Jogos de Tóquio, foram reportados como testando positivo para substâncias proibidas no começo do ano. Mesmo assim, não sofreram penalidades, conforme informou a televisão pública ARD da Alemanha e o jornal New York Times no último final de semana.
Os atletas chineses continuam atraindo a atenção internacional não apenas pelos feitos esportivos, mas também pelas polêmicas envolvendo casos de doping. A situação levanta questões sobre a integridade dos competidores da China e a eficácia dos protocolos antidoping no cenário esportivo atual. É crucial garantir a transparência e a igualdade para todos os esportistas chineses em competições de alto nível.
A polêmica envolvendo nadadores chineses e casos de doping
A apenas três meses da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, a natação chinesa se vê mais uma vez no centro das atenções devido a casos de doping. Dessa vez, a controvérsia gira em torno de 23 nadadores chineses que testaram positivo para trimetazidina no início de 2021, durante uma competição em Shijiazhuang, China.
Essa substância, proibida desde 2014 por seus efeitos na circulação sanguínea, gerou dúvidas sobre a integridade dos atletas chineses, que posteriormente participaram das Olimpíadas. Não obstante, três nadadores chineses conseguiram se destacar como campeões olímpicos ocorridos, conquistando medalhas de ouro nos Jogos de Tóquio, nomeadamente Zhang Yufei, Wang Shun e Yang Junxuan.
Mesmo diante das acusações de doping, uma investigação conduzida pelo Ministério de Segurança Pública da China concluiu que os testes positivos poderiam ser resultado de uma contaminação alimentar. Surpreendentemente, nenhum nadador chinês foi punido antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas.
A Agência Mundial Antidoping (WADA) também se pronunciou sobre o caso, explicando as limitações impostas pela pandemia de covid-19 que dificultaram a investigação. A WADA, juntamente com a CHINADA, não conseguiu refutar a possibilidade de contaminação como fonte de trimetazidina, isentando os atletas de culpa ou negligência.
Por outro lado, a Agência Internacional de Análise (ITA) levantou questões sobre a manipulação de amostras de trimetazidina em 2022. Essa situação gerou tensões entre a USADA e a WADA, com acusações de ocultação de testes positivos por parte das entidades responsáveis.
O episódio envolvendo os nadadores chineses ressalta a importância da transparência e da ética no esporte, além de mostrar os desafios enfrentados no combate ao doping. A busca por um ambiente esportivo justo e limpo é fundamental para a credibilidade e integridade das competições internacionais.
Fonte: @ Gazeta Esportiva
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