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Com a saúde reprodutiva sendo um tema crucial nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024, uma nova ordem executiva assinada pelo presidente Joe Biden para aprimorar a pesquisa em saúde das mulheres tem ganhado destaque. A diretriz de 18 de março se destaca por sua meta de integrar a saúde das mulheres em agências federais e promover estudos inovadores.
A incorporação de questões relacionadas à saúde das mulheres em políticas governamentais demonstra um compromisso renovado com a equidade de gênero e o cuidado com mulheres de todas as origens. Essa iniciativa visa impulsionar a pesquisa e promover o bem-estar das women de forma abrangente e inclusiva, impactando positivamente a sociedade como um todo.
Impulsionando Pesquisas em Saúde das Mulheres
O momento para avançar nas pesquisas em saúde das mulheres não poderia ser mais oportuno. Durante séculos, os pesquisadores médicos centraram seus estudos exclusivamente em homens, muitas vezes minimizando ou ignorando as diferenças sexuais. No entanto, as mulheres são fisiologicamente distintas dos homens, evidenciadas pelo início da menstruação na puberdade feminina e pelos dois cromossomos X. Isso resultou em conselhos médicos incompletos, ineficazes e até prejudiciais para as mulheres.
As disparidades na pesquisa baseada em gênero e preconceitos sexuais impulsionaram a fisiologista do exercício Stacy Sims, com sede em Mount Maunganui, na Nova Zelândia, a dedicar sua carreira ao estudo de como as mulheres devem abordar a alimentação e o exercício para atingir a saúde ideal. Em sua palestra TED em 2019, Sims enfatizou a importância de reconhecer que as mulheres têm necessidades distintas das dos homens. Ela ressaltou que compreender e respeitar a fisiologia feminina pode gerar resultados notáveis para a saúde.
Mulheres e Riscos de Saúde Cardíaca
Uma área crucial onde as diferenças entre homens e mulheres se destacam é a saúde cardíaca. Enquanto é sabido desde 2007 que as mulheres enfrentam quase o dobro de riscos de morte por ataques cardíacos do que os homens e frequentemente experimentam mais sintomas associados a síndromes coronárias agudas, a literatura médica continua a subrepresentar as mulheres. Um estudo recente publicado no Women’s Health Reports de 2022 revelou essa disparidade, ilustrando a necessidade de uma abordagem mais equitativa na pesquisa.
Apesar de medidas como a exigência dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, em 2016, para que o sexo seja considerado como variável nas pesquisas biomédicas, ainda há obstáculos. Uma análise bibliométrica de 2019 revelou que a maioria dos estudos médicos não analisava os dados segregados por sexo, limitando a compreensão dos fatores de risco específicos para mulheres na área cardíaca.
Avanços nas Pesquisas Biomédicas e Atitudes Misóginas
Embora haja sinais encorajadores de um aumento no número de estudos incluindo mulheres após a implementação da política em 2016, persistem desafios significativos. O livro ‘Roar’, escrito por Sims, destaca as diferenças baseadas no sexo em exercício e nutrição, fornecendo insights valiosos para diferentes fases da vida das mulheres. A autora compartilhou suas visões sobre o assunto com a CNN, enfatizando a importância de considerar a fisiologia feminina em todos os aspectos da saúde.
Diante deste panorama, é essencial promover uma abordagem mais inclusiva e equitativa nas pesquisas biomédicas, garantindo que as mulheres sejam devidamente representadas. Superar atitudes misóginas e preconceitos de gênero no campo médico é crucial para avançar na compreensão e tratamento das condições de saúde específicas das mulheres. A conscientização e a ação são fundamentais para garantir que as mulheres recebam a atenção e o cuidado adequados em relação à sua saúde.
Fonte: © CNN Brasil
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