Pesquisadores da Fiocruz identificaram um aumento de 15% em certidões de óbito relacionadas a doenças no período de 2015-2022. Estudo incluiu colaboração de Fundação Getúlio Vargas, Universidade de Montreal e Canadá CRSP. Taxas de mortalidade subiram em subgrupos de DCV, hipertensão e outras doenças cardiovasculares.
Uma pesquisa recente conduzida por especialistas da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), da FGV (Fundação Getúlio Vargas), da Universidade de Montreal e do Centro de Pesquisa em Saúde Pública, ambos no Canadá, revelou que os óbitos relacionados a diabetes e hipertensão aumentaram no Brasil de 2020 a 2022.
O estudo apontou um preocupante aumento nas mortes associadas a diabetes e hipertensão no país, destacando a necessidade de medidas urgentes para combater essas doenças crônicas. É fundamental promover a conscientização sobre a importância de hábitos saudáveis e do acompanhamento médico regular para prevenir complicações decorrentes dessas condições de saúde.
Mortes relacionadas a diabetes e hipertensão; Pesquisadores da Fiocruz e da Fundação Getúlio Vargas revelam dados alarmantes
Um estudo recente, publicado na renomada revista científica PLOS Public Health, trouxe à tona informações preocupantes sobre as mortes associadas a diabetes e hipertensão. De acordo com os pesquisadores da Fiocruz, da Fundação Getúlio Vargas e da Universidade de Montreal, no período de 2015 a 2022, as taxas de mortalidade por essas doenças tiveram um aumento significativo.
Os dados analisados incluíram certidões de óbito de todo o Brasil, obtidos através do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do DataSUS. O estudo revelou que, entre 2015 e 2022, o país registrou um total de 11.423.288 mortes, com as taxas de mortalidade permanecendo estáveis até 2019. No entanto, a partir de 2020, houve um aumento expressivo, atingindo o pico em 2021.
Mesmo em 2022, apesar de uma redução no número de mortes, as taxas de mortalidade relacionadas ao diabetes, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares permaneceram elevadas. Surpreendentemente, essas taxas não diminuíram mesmo com a exclusão dos óbitos relacionados à Covid-19, o que levanta questões sobre a eficácia das estratégias de prevenção e tratamento dessas condições.
Os pesquisadores enfatizaram a persistência das altas taxas de mortalidade por diabetes e hipertensão, ressaltando a importância de medidas contínuas para o manejo e prevenção dessas doenças. Segundo eles, é fundamental que a atenção à saúde pública inclua estratégias específicas para lidar com essas questões, tanto durante quanto após a pandemia de Covid-19.
Para conduzir o estudo, os pesquisadores compararam as taxas de mortalidade ajustadas por diversos fatores, como sexo, idade e local de residência, no período de 2020 a 2022 em relação aos anos anteriores de 2015 a 2019. Eles também analisaram as taxas em subgrupos de doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão arterial, identificando um aumento preocupante nas razões de mortalidade.
Os resultados apontaram que as razões de mortalidade por todas as causas foram significativamente mais altas em 2020 e 2021, em comparação com o período prévio, enquanto em 2022 houve uma leve redução. No entanto, as razões de mortalidade para diabetes e hipertensão se mantiveram elevadas, com valores acima de 1, indicando um excesso de mortes relacionadas a essas condições.
Em 2021, a razão de mortalidade por diabetes foi de 1,61 e por hipertensão foi de 1,54, demonstrando a gravidade do problema. Mesmo em 2022, esses números permaneceram altos, evidenciando a necessidade urgente de medidas eficazes para combater essas doenças. Os pesquisadores alertam que a saúde pública deve priorizar a prevenção e o tratamento do diabetes e da hipertensão para reduzir o impacto dessas condições na população.
Fonte: © CNN Brasil
Comentários sobre este artigo