Sistema de virtualização de qubit executa 14 mil experimentos quânticos sem erros, desafio criação de qubits lógicos nas menor unidade de processamento.
Nos últimos anos, a computação quântica tem sido foco de atenção das gigantes do setor de tecnologia, como IBM e Google. Recentemente, outra empresa divulgou seu avanço nesse campo. No começo de maio, a Apple revelou que está investindo em pesquisas para aprimorar a computação quântica e integrá-la em seus produtos futuros.
O potencial revolucionário da computação quântica está chamando a atenção de cada vez mais empresas. Recentemente, a Samsung anunciou que está explorando parcerias para desenvolver aplicações práticas utilizando a computação quântica. Essa tendência promete transformar radicalmente a forma como lidamos com dados e informações no futuro.
Experimentos Quânticos sem Erros: Avanços na Computação Quântica
O sistema de virtualização de qubit (unidade de processamento quântica) da empresa, aliado ao hardware da startup Quantinuum’s, alcançou um marco significativo ao executar 14 mil experimentos quânticos sem qualquer erro, conforme o anúncio. Esse feito ressalta a importância da precisão nesse campo emergente da computação. Os qubits, menores unidades de processamento em computadores quânticos, desempenham um papel crucial nesse cenário.
Na computação clássica, a menor unidade de processamento são os bits, capazes de expressar apenas dois estados, 0 ou 1. Por outro lado, na computação quântica, os qubits têm a capacidade única de representar infinitos estados entre 0 e 1 simultaneamente. Essa característica abre portas para um potencial computacional vastamente superior ao dos dispositivos tradicionais.
O principal desafio da computação quântica atualmente reside na instabilidade dos qubits, que resulta em erros prejudiciais para a resolução de problemas complexos. Os processadores quânticos atuais apresentam taxas de erro que variam entre 1 em 100 e 1 em 10 mil, enquanto para atingir um nível de funcionalidade eficiente, essas taxas precisariam ser drasticamente reduzidas, como sugerido pelo Google.
Uma estratégia promissora para lidar com esses desafios é a criação de qubits lógicos, compostos por múltiplos qubits físicos integrados em uma única unidade de processamento. Essa abordagem possibilita a correção de erros inerentes ao sistema, pois cada qubit lógico equivale a uma quantidade significativa de qubits físicos individuais.
No entanto, a criação de qubits lógicos eficazes requer uma quantidade substancial de qubits físicos, um obstáculo atualmente enfrentado pela computação quântica. Empresas como a Microsoft estão explorando a combinação de qubits virtuais e físicos como parte de sua estratégia futura nesse campo.
A recente conquista da Microsoft representa um avanço significativo, resultando em uma melhora impressionante de 800 vezes nas taxas de erro, ao integrar qubits físicos e virtuais. Esse progresso é crucial para elevar a computação quântica de um estágio fundamental para um nível de resiliência e confiabilidade que possam sustentar aplicações no mundo real, como na indústria farmacêutica.
A complexidade e promessa da computação quântica estão impulsionando uma corrida tecnológica entre as principais empresas do setor. A IBM, por exemplo, anunciou o desenvolvimento de um chip com 1.121 qubits funcionais, enquanto o Google alcançou a ‘supremacia quântica’ em 2019. Esses avanços apontam para um futuro empolgante e promissor para a computação quântica e suas aplicações em diversos setores.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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