Comissão de Educação da Câmara dos Deputados discute autonomia de campus da UFVJM em audiência pública sobre interiorização da educação.
O Ministério da Educação (MEC), através da Secretaria de Educação Superior (Sesu), marcou presença em uma audiência pública acerca da emancipação do campus universitário de Mucuri da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), situada em Minas Gerais.
Esse movimento rumo à emancipação reflete a busca por maior independência e liberdade acadêmica, possibilitando a separação do campus de Mucuri da UFVJM. A valorização da autonomia e da identidade própria são aspectos essenciais nesse processo de transformação educacional.
Emancipação e autonomia: o debate pela separação da UFVJM
Na terça-feira, 2 de julho, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados realizou um debate solicitado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre a possibilidade de emancipação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Atualmente, a UFVJM possui cinco campi, com destaque para os dois em Diamantina, um em Teófilo Otoni, um em Janaúba e um em Unaí. A ideia de emancipação vem sendo defendida pela comunidade local, que vê na separação da sede em Diamantina uma oportunidade de conquistar maior independência administrativa e financeira, além de uma maior adequação às demandas regionais.
Segundo Fernando Matos, coordenador-geral de Articulação Institucional da Secretaria de Educação Superior (Sesu), a possibilidade de emancipação em 2024 ainda não é viável. O Ministério da Educação reconhece a demanda da UFVJM, alinhada com a estratégia de interiorização da educação superior no país. No entanto, com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das universidades, que visa expandir e fortalecer as instituições existentes, a criação de novas universidades não está prevista no momento. Após a primeira fase do PAC, no entanto, existe a perspectiva de que a emancipação da UFVJM possa se concretizar.
O debate contou com a presença de diversos participantes, incluindo Daniel Sucupira, prefeito de Teófilo Otoni; Heron Bonadiman, reitor da UFVJM; Leonel Pinheiro, professor de Administração da instituição; Renato Martins, vice-presidente do Sindcomércio de Teófilo Otoni e Região; Ricardo Pena, estudante de Medicina da UFVJM; Bruna Cangussu, aluna de Engenharia da mesma universidade; além de parlamentares envolvidos na discussão.
Essa busca por emancipação e autonomia reflete a constante evolução do cenário educacional no Brasil, onde a liberdade das instituições de ensino é fundamental para o desenvolvimento regional e a promoção da excelência acadêmica. A separação da UFVJM pode representar um marco nesse processo, permitindo uma gestão mais próxima das necessidades locais e uma maior eficiência na administração dos recursos disponíveis. A busca pela emancipação é um passo importante rumo a uma educação superior mais inclusiva e alinhada com as demandas da sociedade.
Fonte: © MEC GOV.br
Comentários sobre este artigo