Equipe econômica com Fernando Haddad, Simone Tebet, Esther Dweck e Rui Costa enfrenta incerteza fiscal e alta do dólar.
A análise de despesas, em discussão no âmbito da equipe econômica após o aumento da incerteza fiscal e a elevação do dólar, está prestes a passar pelo seu primeiro desafio político nesta semana. Já na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá uma reunião com os ministros que fazem parte da Junta de Execução Orçamentária (JEO), e a previsão é que o tema esteja em pauta.
No segundo parágrafo, é fundamental manter um controle rigoroso das despesas para garantir a sustentabilidade do cenário orçamentário. Além disso, medidas de ajuste fiscal podem ser necessárias para equilibrar as contas públicas e garantir a efetividade da revisão orçamentária.
Revisão Orçamentária e Controle de Despesas em Destaque
O colegiado, composto por Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão) e Rui Costa (Casa Civil), desempenha um papel crucial na revisão orçamentária. Antes de sua viagem para a Itália, onde participou da reunião do G7, o grupo dos países mais ricos do mundo, Lula solicitou a Costa que agendasse esse encontro do órgão orçamentário.
Durante sua estadia no exterior, o ex-presidente petista, em um teste político, mencionou a possibilidade de reavaliar as despesas públicas, desde que o ajuste fiscal não impactasse os mais vulneráveis. ‘Tudo aquilo que a gente detectar como gasto desnecessário, não deve ser mantido’, afirmou Lula.
Em declarações anteriores, que causaram uma escalada do dólar em relação ao real, Lula havia enfatizado a importância do equilíbrio fiscal e do controle de despesas por meio do aumento da arrecadação e da redução da taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente em 10,5% ao ano.
No entanto, a estratégia de arrecadação enfrenta resistência no Congresso, após a rejeição da medida provisória que restringia o uso de créditos de Pis/Cofins por empresas e indústrias – um revés significativo para Haddad. Além disso, surgem dúvidas sobre a continuidade da redução da Selic pelo Banco Central, diante das perspectivas de inflação em alta e da valorização do câmbio.
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, prevista para esta semana, deve manter a Selic inalterada. A revisão orçamentária, portanto, emerge como uma necessidade, mas sua implementação dependerá, em primeiro lugar, da aprovação de Lula e, em seguida, da disposição dos parlamentares, incluindo os do PT, de endossá-la na Câmara e no Senado.
Tanto o Executivo quanto o Legislativo estão atentos à eleição municipal e evitam adotar medidas impopulares – pelo menos até outubro. Interlocutores do governo alertam para a dificuldade das eleições e sugerem adotar ações agora para sinalizar aos agentes financeiros, deixando as medidas impopulares para depois do pleito.
Existe o receio de que um desempenho aquém do esperado nas eleições locais seja atribuído às decisões econômicas. Nesse contexto, cogita-se um contingenciamento mais rigoroso de gastos no próximo relatório bimestral de receitas e despesas, previsto para julho, como forma de demonstrar comprometimento com a meta fiscal de 2024, que visa um déficit zero.
Outras ações em análise incluem a publicação do decreto de meta de inflação contínua ainda em junho, conforme prometido por Haddad, e medidas de revisão e aprimoramento de políticas públicas que não afetem os benefícios vinculados ao salário mínimo nem os pisos de educação e saúde.
Durante uma coletiva de imprensa na Itália, Lula enfatizou a importância de preservar os pisos constitucionais da educação e saúde, que são ajustados de acordo com a receita e, consequentemente, crescem acima do limite fiscal estabelecido.
Os economistas estão preocupados com o impacto dessas despesas nos gastos gerais, temendo um possível ‘apagão’ na máquina pública. A incerteza fiscal paira sobre o cenário, exigindo uma revisão orçamentária cuidadosa e estratégica para garantir a estabilidade econômica e fiscal do país.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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