Declarações de IRPF sobre bens estrangeiros subiram de 263,5mil em 2018 para 816,1mil em 2023, um significativo aumento de 200%. Metade dos investimentos em ações, termos: declarações, bens, aumento, relações, trabalho, investimentos, contas, internacionais, corretoras, acesso, tecnológico, taxas, juros, mercado, ações, americano, gestão, fortunas.
Os investimentos no exterior dos brasileiros estão em constante crescimento. De acordo com informações da Receita Federal, já são mais de R$ 1,1 trilhão em bens fora do país. Em 2023, um total de 816,1 mil declarações incluíam investimentos no exterior, um aumento significativo em relação aos 263,5 mil declarantes de cinco anos atrás.
Essa tendência de investimento fora do Brasil demonstra a busca por diversificação de aplicações e negociações em mercados internacionais. Com um crescimento de cerca de 200% em cinco anos, os brasileiros estão cada vez mais interessados em expandir seus investimentos no exterior e garantir uma maior segurança financeira em diferentes economias ao redor do mundo.
Investimentos no Exterior: Uma Tendência Crescente
O aumento significativo nas declarações de bens no exterior por parte dos brasileiros tem chamado a atenção nos últimos anos. Dados revelam que 48% dos declarantes possuem ações de empresas estrangeiras, enquanto 15% optam por investir em fundos de índice (ETFs) fora do país. Além disso, 13% mantêm contas internacionais, indicando uma diversificação cada vez maior de investimentos além das fronteiras nacionais.
José Carlos da Fonseca, supervisor nacional do programa do Imposto de Renda, destaca que esse aumento está diretamente ligado às relações de trabalho e aos investimentos realizados no exterior. A entrada em vigor da lei 14.754, no ano passado, também teve um papel significativo nesse cenário, impulsionando os brasileiros a explorarem novas oportunidades de aplicação de recursos.
O avanço dos investimentos no exterior tem sido impulsionado, em parte, pela oferta de contas internacionais por corretoras e bancos brasileiros renomados, como Avenue, XP, C6, BTG, Bradesco e Santander. Com a possibilidade de abrir uma conta sem taxas de manutenção a partir de R$ 500, os investidores têm acesso facilitado a ativos negociados em bolsas estrangeiras, como ações, ETFs e fundos imobiliários americanos (REITs).
A democratização do acesso às contas de investimento internacionais é resultado da crescente competição e do avanço tecnológico, que reduziu os custos do processo. Anteriormente restrito a clientes com alto patrimônio, agora investir no exterior se tornou mais acessível a um público mais amplo, impulsionando o interesse dos brasileiros nessa modalidade de investimento.
Carlos Constantini, da divisão de gestão de fortunas do Itaú, ressalta a evolução do investimento no exterior, que deixou de ser uma prática ‘quase exótica’ para se tornar uma opção relevante na carteira do investidor brasileiro. Ele destaca que a diversificação internacional é um antídoto ao risco presente no mercado nacional, oferecendo uma proteção adicional aos investimentos.
Roberto Lee, CEO de uma corretora americana, prevê um crescimento expressivo nos investimentos de brasileiros no exterior, podendo alcançar a marca de R$ 1 trilhão nos próximos anos. Com a possibilidade de dobrar rapidamente esse valor e atingir R$ 2 trilhões, a diversificação internacional tem se consolidado como uma estratégia sólida e cada vez mais adotada pelos investidores brasileiros. A importância dessa prática tem sido reconhecida como uma tendência que veio para ficar e se fortalecer no mercado financeiro global.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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