Banco digital distribui R$ 70 milhões de dividendos aos acionistas, 20% do lucro de 2023. Vice-presidente financeiro explica: IPO, lucro, investidores, expansão.
O Banco Inter informou a liberação de R$ 70 milhões em dividendos aos acionistas, marca inédita desde o processo de abertura de capital da instituição, em abril de 2018, na B3 (atualmente, suas ações são negociadas na Nasdaq, onde foi listado em junho de 2022). Esse montante equivale a 20% do lucro de R$ 352 milhões alcançado no ano de 2023. Cada investidor que possuir uma ação ordinária terá direito a receber US$ 0,03 como forma de proventos.
Essa medida de remunerar os acionistas através da distribuição de dividendos reflete o compromisso do Inter em valorizar seus investidores e retribuir sua confiança na instituição. A concessão desses proventos é uma estratégia utilizada pelas empresas para atrair mais investidores e fidelizar aqueles que já possuem ações da companhia, fortalecendo assim o relacionamento da empresa com seu público acionista.
Dividendos: Remuneração aos Acionistas e Proventos
Os dividendos serão pagos em 23 de abril deste ano, com base na posição acionária no fim de 16 de abril. Detentores de BDRs deverão receber em 6 de maio. A companhia entrou em um ritmo crescente e sustentável de lucro‘, conforme mencionou Santiago Stel, vice-presidente financeiro do Banco Inter, ao NeoFeed. A ideia por trás desse movimento é compartilhar o lucro gerado com os investidores, permitindo que participem desse upside. No quarto trimestre de 2023, o Inter registrou um lucro de R$ 160 milhões, o que representou um aumento de 451,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A distribuição de dividendos é vista como um sinal claro de que o Banco Inter está começando a colher os frutos de seu plano estratégico ’60-30-30′, que visa atingir 60 milhões de clientes, uma rentabilidade (ROE) de 30% e um índice de eficiência de 30% até 2027. No encerramento de 2023, o banco digital contabilizou 30,4 milhões de clientes, dos quais 16,4 milhões são ativos.
O ROE está atualmente em 8,5%, um aumento de 2,9 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Enquanto isso, o índice de eficiência ficou em 51,4%, em comparação com os 73,4% registrados um ano antes. De acordo com Stel, a expectativa é de que esse desempenho positivo se mantenha durante todo o ano de 2024.
Banco Digital: Expansão e ROE
O vice-presidente financeiro destaca que o Banco Inter possui três vantagens competitivas distintas. A primeira delas é o custo do funding, que equivale a 60% do CDI. A segunda é o custo de servir um usuário, que atualmente está em R$ 12,5. Por fim, a receita de serviços em ascensão, representando um terço da receita total. A operação de follow on, realizada em fevereiro deste ano, foi um marco importante, surpreendendo o mercado, especialmente por não haver necessidade imediata de capital para o banco. No quarto trimestre, o índice de Basileia atingiu 23%.
A oferta, que captou US$ 162 milhões, tinha como principal objetivo atrair investidores internacionais para a base de acionistas e aumentar a liquidez do papel na Nasdaq. Antes do follow on, o volume médio diário de negociações do Inter na Nasdaq era de US$ 1 milhão. Após a operação, esse valor saltou para US$ 6 milhões. Avaliado em US$ 2,5 bilhões, o banco digital viu suas ações valorizarem mais de 8% em 2024 e registrar um crescimento superior a 230% em 12 meses.
É interessante observar que os bancos digitais têm conquistado uma posição de destaque no mercado, com o Banco Inter ultrapassando a marca dos R$ 15 bilhões em wealth e lançando uma carteira administrada offshore. Além disso, a instituição está se aproximando da meta de 30 milhões de clientes, o que representa um novo marco em sua trajetória de crescimento e consolidação no setor financeiro.
Fonte: @ NEO FEED
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