“Cesta Básica: Conheça essencialmente: reuniões, Copom, presidentes (Banco Central do Brasil, Federal Reserve), vice-presidentes, Supervisão Federal, novos pedidos de desemprego seguro, mercado de trabalho, pressões inflacionárias.”
Uma semana repleta de análises econômicas se encerra com a divulgação de um indicador crucial. A inflação do mês de maio será anunciada às 9h e promete impactar as próximas decisões do Copom, que ainda estão em discussão desde a última reunião. Além disso, notícias sobre o desempenho da economia global também estão movimentando o mercado financeiro.
Enquanto isso, no cenário internacional, as declarações dos membros do Federal Reserve continuam a gerar expectativas. Os investidores estão atentos aos dados econômicos e à evolução das taxas de juros no exterior, em busca de insights para suas estratégias de investimento.
Previsão de Inflação em Destaque: IPCA de Abril
Na agenda local, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga, às 9h, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente a abril. De acordo com a mediana das projeções de 40 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, a expectativa é de que a inflação tenha apresentado uma aceleração no último mês, com uma alta de 0,35%. Em março, o índice registrou um avanço de 0,16%. As projeções variam entre 0,21% e 0,40%, destacando a atenção para os movimentos dos preços.
Decisões do Banco Central e Impacto na Economia
O indicador do IPCA ganha ainda mais relevância diante da mudança de postura do Banco Central do Brasil. A autoridade monetária vinha demonstrando preocupação com o desempenho de alguns dados econômicos no país, especialmente no mercado de trabalho, que poderiam resultar em pressões inflacionárias adicionais. Nesse contexto, a expectativa é de que o ritmo de redução da taxa de juros (Selic) possa ser ajustado, como ocorreu na última reunião do Copom, realizada na quarta-feira (8). O corte de 0,25 ponto percentual contrastou com as reduções de 0,5 ponto percentual observadas desde agosto do ano passado, refletindo a cautela em relação à inflação.
Expectativas sobre Dados Econômicos e Política Monetária
Agora, os investidores aguardam não apenas os indicadores de inflação, mas também os dados sobre a economia brasileira, a fim de antecipar as próximas ações do Banco Central. Enquanto isso, nos Estados Unidos, o foco também está na busca por sinais sobre a trajetória das taxas de juros. As declarações dos membros da diretoria do Federal Reserve têm sido objeto de atenção, sendo que hoje a diretora Michelle Bowman participa de um evento às 10h, seguida pelas falas da presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, às 11h. Mais tarde, às 13h45, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, fará pronunciamento, e às 14h30, o vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve, Michael S. Barr, estará em destaque.
Reflexos do Mercado de Trabalho nos EUA e Cenário Inflacionário
Recentemente, alguns dirigentes do Fed descartaram a necessidade de aumentar as taxas de juros, o que gerou otimismo. No entanto, o presidente do Federal Reserve de Mineápolis, Neel Kashkari, expressou preocupação com a possibilidade de as taxas nos EUA não estarem suficientemente altas para atingir a meta de inflação de 2%, o que levanta preocupações. Ontem, o número de novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA atingiu o maior nível em nove meses, indicando um arrefecimento do mercado de trabalho e possíveis reduções nas pressões inflacionárias. Portanto, as declarações de hoje devem ser seguidas de perto, dada a importância do cenário econômico atual.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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